segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Protesto de estudantes guanambienses na FBF

Por volta de 25 estudantes de Guanambi protestaram hoje, das 09:00 até às 11:00, em frente a Federação Baiana de Futebol, na Pça Castro Alves, Salvador, contra o julgamento que anulou o jogo Guanambi vs Leônico, pelo Campeonato Baiano da 2° divisão. O ato em defesa do futebol do interior do estado contou com apitaço, lavagem da escadaria do prédio, faixas em punho, gritos de guerra, colagem de mais 100 balões com as cores do Guanambi Atlético Clube. Mesmo com a tentativa de funcionários da FBF em minar o protesto, inclusive solicitando a PM, o estudantes mostraram sua indignação em oposição ao caos que se tornou a segundona do baiano.
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Lançamento de livro e debate na Casa de Estudantes de Uibaí

Ocorreu ontem (domingo dia 28/10), por volta das 14 horas, na Casa de Esudantes da cidade de Uibaí (CEU), o lançamento do livro Pelas Veias da Esperança, de Edimário Oliveira Machado, que retrata a trajetória do militante uibaiense Osvaldo de Alencar Rocha nos tempos da ditadura.
A mesa também contou com o historiador Igor Gomes, que além de ressaltar a importância da resistência popular nos “tempos de chumbo”, levantou um debate sobre a importância das residências estudantis interioranas na década de 70 nas mobilizações contra o regime militar.
Gomes ressaltou que eventos como esse na casa estudantil de Uibaí podem vir a reforçar a importância das residências em fomentar discussões acerca dos problemas sociais de nosso país. Cerca de 70 pessoas prestigiaram o acontecimento na CEU, localizada na Rua do Sodré, n°71, Centro de Salvador.
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O silêncio dos culpados

Não causa impacto a ninguém saber que uma cidade situada nas entranhas do Polígono das Secas sofre com a escassez de água. Quem conhece atesta que de agosto a outubro na região de Guanambi, sertão da Bahia, é período de seca rigorosa. Até aí, nenhuma novidade.

O choque só ocorre quando o cidadão tem em mãos o principal periódico do Norte-Nordeste e em sua capa vem estampada a imagem da Barragem de Ceraíma, responsável pelo abastecimento de Guanambi, Pindaí e Candiba, em visível estado de agonia.

Técnicos apontam, segundo a reportagem do Jornal A Tarde deste sábado dia 27 de outubro, que a barragem (distante da sede do município de Guanambi cerca de 15 Km) conta com menos de 20% de sua capacidade, o que afeta diretamente mais de 100 mil pessoas. Chuvas esperadas para o mês de outubro não vieram, e o chefe do Escritório de Apoio Técnico da Codevasf, Péricles Carvalho, resolveu culpar a população: “o colapso não está descartado e isso pode ocorrer antes do previsto se a população não se conscientizar sobre a economia de água”, teria dito Péricles, segundo A Tarde.

E aqui cabem duas perguntas elementares: será que é a população quem tem o controle da barragem? O município já encampou algum programa de conscientização em massa da população sobre os males do desperdício? A resposta para essas perguntas é não, e não é preciso ser nenhum gênio para sabê-la.

Diante dessa situação que pode vir a se agravar ainda mais, devemos nos debruçar sobre as seguintes questões: porque não houve um planejamento sério para que o problema não chegasse a esse ponto? Porque a mídia local não noticiou nada a respeito, sendo que foi preciso que um jornal da capital registrasse? Porque não criar uma secretaria de recursos hídricos no município?

É hora da caça às bruxas, da busca aos verdadeiros culpados. A população pobre, a que mais é afetada, não pode ser responsabilizada.

E não adianta culpar São Pedro. A situação pode ser revertida desde que haja esforços conjuntos entre população e poder público. E principalmente por parte do povo, já que os detentores do poder deram amostras de ineficiência crônica.

Wanderson Pimenta (morador da REG)
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sábado, 27 de outubro de 2007

Seria a diminuição a solução?

No decorrer dos anos a evolução da sociedade refletiu de forma direta no que diz respeito à maturidade emocional e lógica, ocasionando uma precocidade humana na inserção às novas tecnologias, formulação de pensamentos e posicionamentos ideológicos. Ou seja, um ser humano que na tenra idade já vislumbra tais prodígios sociais, também acaba por ainda cedo participar dos problemas sérios, que em questão seria a violência.

O menor de idade representa parcela significativa no que tange à totalidade de crimes praticados no país. Garotos na faixa dos 15 anos cometem crimes dignos dos mais cruéis assassinos dos anos 80. O juridicamente incapaz se vale de sua “intocabilidade” penal a fim de se beneficiar com penas mais brandas (praticamente ineficientes) e benesses previstas pelo ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente).

Visto tal realidade, que cada vez mais choca os cidadãos, tem-se forte moção com intuito da diminuição da maioridade penal, dos 18 para os 16 anos de idade. Mas há a necessidade de uma melhor reflexão e isenção emocional para debater tal tema.

Simplesmente proporcionar essa diminuição não resolve em caráter de raiz o problema. Lógico que a primeiro impacto causaria certa queda de números, mas em médio prazo graves problemas nascerão sob tal medida. Por exemplo: O caos penitenciário. Que mesmo hoje não tem condições de suportar a quantitativo carcerário, muito menos um verdadeiro exército de “recém-maiores de idade”. Além dessa incapacidade física também há o problema da não-ressocialização do preso, o que acaba por piorar ainda mais a questão da exclusão social do ex-presidiário.

Como solução carregada de senso-comum, a diminuição da maioridade penal resolveria boa parte do problema. Mas deve-se perceber que o Brasil não tem a mínima condição de tal feito, sendo essa medida paliativa e de caráter posterior nocivo. Reformar de forma efetiva e responsável as Instituições de menores infratores seria um meio sensato e lúdico de alcançar a contenção da violência com participação de menores.

Mario Kennedy (estudante de Direito da Faculdade de Guanambi)



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terça-feira, 2 de outubro de 2007

Carta aberta ao povo de Guanambi

Prezados(as) senhores e senhoras,

Nós somos da REG, que para quem não sabe, é a Residência dos Estudantes de Guanambi, situada em Salvador. Viemos através dessas linhas mostrar a você cidadão o que se passa na residência, que afinal de contas, é bancada pelo seu dinheiro através da prefeitura. E pedir a sua atenção para a importância de se possuir uma residência própria em vez de continuar pagando aluguel.

Primeiro é preciso situar o leitor: depois de mais de 2 anos de lutas, a Prefeitura de Guanambi enfim reconheceu a importância da REG para o estudante pobre que partia em busca de uma melhor educação na capital. Pois é exatamente essa a função da residência estudantil: abrigar na capital estudantes que não possuem condições materiais de se sustentarem. A Prefeitura enfim corrigiu uma injustiça e voltou a pagar o aluguel da REG, após exatos 29 meses e 5 dias sem fazê-lo.

A atual Residência dos Estudantes de Guanambi conta com 11 pessoas: 6 fazem cursinho pré-vestibular e os outros 5 fazem UFBA, divididos em cursos como Engenharia Civil, Engenharia Química, Jornalismo e Odontologia. A atual residência é pequena e só há espaço para mais 2 pessoas. O ideal seria uma casa maior, própria, em nome dos estudantes de Guanambi e que oferecesse uma melhor estrutura em favor do estudante carente guanambiense em Salvador.

Nossa constatação é de que Guanambi necessita de uma residência própria na capital do estado e vamos citar algumas razões:

1° - Guanambi possui centenas de pessoas que saem do ensino médio (2° grau) e não continuam seus estudos por falta de maiores oportunidades na cidade. A REG estruturada seria um caminho para esse estudante.

2° - Guanambi não é cidade universitária, como dizem. Existe a UNEB com apenas 4 cursos e uma faculdade particular, que como o próprio nome já diz, é privada, e portanto, distante da realidade do estudante pobre.

3° - Mesmo com a vinda de uma universidade pública para Guanambi, como é o caso da UNIVASF, ela não irá atender aos anseios da maioria dos estudantes da cidade. Ela atenderá a toda uma região além de contar com poucos cursos, isso se vier a ser implantada. A REG é só de Guanambi

.4° - Outros municípios possuem Residência própria em Salvador. São alguns deles: Macaúbas, Itapetinga, Xique-xique, Boquira etc. Contamos com você cidadão para fazer coro ao nosso lado e pedir ao poder público municipal que olhe por essa questão. Forte abraço,

R.E.G. – Residência dos Estudantes de Guanambi
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