sexta-feira, 31 de julho de 2009

UFC sediará o primeiro curso de jornalismo para assentados


A Universidade Federal do Ceará (UFC) vai oferecer, a partir de janeiro, o primeiro curso de jornalismo no Brasil voltado para militantes e assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A idéia é fortalecer o mundo rural como território de vida em todas as suas dimensões — econômicas, sociais, ambientais, políticas, culturais e éticas.


Segundo a coordenadora de pós-graduação do curso de comunicação social da UFC, Márcia Vidal Nunes, o curso de jornalismo para o MST já foi aprovado pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O Pronera conduz a política de educação no campo do governo e vem sendo desenvolvida desde 1998 em áreas de Reforma Agrária.


Além de jornalismo, os assentados do MST já contam com cursos de educação para jovens e adultos a partir dos 15 anos, com conteúdo programático do 1º ao 4º ano do ensino fundamental, e de escolarização, que compreende o nível médio.No nível superior, são ofertados cursos de pedagogia da terra e a pós-graduação de residência agrária, com participação de graduados de ciências agrárias e de engenharia de pesca, além de técnicos ligados aos movimentos sociais.


O objetivo é qualificar profissionais para a atuação nos programas de assistência técnica, social e ambiental do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).De acordo com Márcia Vidal, serão ofertadas 60 vagas por ano, com prioridade aos militantes do movimento. O curso de jornalismo do MST terá duração de quatro anos, e o acesso será feito por meio de vestibular.


As aulas serão ministradas pelos professores do curso de comunicação social da UFC.Além das disciplinas comuns ao curso de jornalismo, haverá matérias específicas direcionadas à questão agrária. Parte das aulas será na universidade e outra parte nas comunidades de assentados do MST.


Portal do MST
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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Projeto social da REG: "Doando vida"



Mais um projeto social desenvolvido pela Residência do Estudante de Guanambi em Salvador (REG) foi executado nesta quinta-feira, dia 30 de julho, pela manhã, na Praça Gercino Coelho. Trata-se do Projeto "Doando Vida", que tem por objetivo contribuir para que na comunidade se desenvolva o hábito de doar sangue. Além deste, a REG desenvolve no mês de janeiro o Cursinho Pré-vestibular gratuito para os estudantes carentes de Guanambi.

Estimulando a consciência das pessoas, os estudantes distribuíram material, conversaram com os transeuntes, além de utilizarem o sistema de som para atrair a população. Esta foi mais uma ação positiva dos estudantes da REG no município de Guanambi.

Unidade de coleta e transfusão de sangue:
Hospital Regional de Guanambi
Rua Dr. José Humberto Nunes, n°1750
Bairro Paraíso TEL:3451-6060
Da Redação

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Bahia Mineração: repúdio!





Foi realizada no auditório do Colégio Modelo de Guanambi, na terça-feira, dia 28/07, a primeira das quatro audiências públicas programadas para a região Sudoeste da Bahia, promovidas pelo IMA - Instituto do Meio Ambiente, para debater o licenciamento para a atuação da Bahia Mineração na região de Caetité e Pindaí, atividade que trará impactos também aos municípios circunvizinhos.

BAMIN

A Bahia Mineração(BAMIN), empresa nacional mas de capital privado e externo (Índia e Cazaquistão), caso obtenha a licença almejada irá explorar o minério de ferro existente na região de Brejinho das Ametistas(Caetité) e Guirapá(Pindaí), durante cerca de 15 anos. A produção estimada gira em torno de 15 milhões de toneladas/ano que serão escoadas pela Ferrovia Oeste-Leste, empreendimento do Governo Federal que na Bahia interligará Luiz Eduardo Magalhães, no Oeste do estado, ao Porto da Tulha em Ilhéus, passando por Caetité, Tanhaçu e Jequié.

A audiência

A audiência teve início com a apresentação de um vídeo propagandístico da empresa que demostram supostos serviços prestados pela BAMIN à comunidade. Em seguida, empresas que realizaram o estudo de impacto apresentaram análises amplamente favoráveis ao empreendimento.

Repúdio!

Após as consideraçãoes da BAMIN, abriram-se as inscrições para a participação da plenária. Uma verdadeira avalanche de intervenções foram realizadas. O discurso dos manifestantes foram no sentido de repudiar a mineração e desmascarar supostos benefícios trazidos pela empresa.

Resta saber se a BAMIN irá estabelecer seu empreensimento nesta região mesmo considerando a rejeição de ampla parcela da população local, com exceção, é claro, dos bajuladores de sempre. Os movimentos sociais estarão atentos a todos os passos, tanto da BAMIN, quanto de seus lacaios.

Vamos à luta!

Wanderson Pimenta (morador da REG)
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segunda-feira, 27 de julho de 2009

"Não lhe dou nenhuma esperança"


O título resume bem a conversa de dois estudantes, um da REG e outro da Aceb, com o prefeito de Guanambi, o ex-governador Nilo Coelho. Ao ser indagado sobre a possiblidade de a Prefeitura Municipal de Guanambi adquirir para os estudantes uma casa na capital, o prefeito deixou bem claro: "não lhe dou nenhuma esperança", enfatizou.


"Cortesia com o chapéu dos outros" - Segundo o prefeito, a crise pegou em cheio os municípios brasileiros. O FPM (Fundo de Participação dos Municípios) caiu e a folha de pagamento está sufocando o poder público: "estou sufocado, esse mês foram vários cortes, não temos dinheiro pra comprar casa, Lula anda fazendo cortesia com o chapéu dos outros", disse ao se referir à redução do IPI, feita pelo governo, que é a principal fonte que o nutre o FPM.


"Não dou carta branca nem pra minha mãe, pra minha mulher" - Os estudantes propuseram que poderia ser feito um financiamento da casa, via Caixa Econômica, caso a prefeitura desse carta branca, o que recebeu de pronto uma resposta de Nilo: "não dou carta branca nem pra minha mãe, pra minha mulher", respondeu rispidamente. No entanto, o prefeito disse que os estudantes podem ficar tranquilos: "enquanto eu estiver aqui, vai ter convênio, não se preocupem!".


A reunião foi encerrada após pouco mais de cinco minutos de conversa. "Não vai ter casa própria: uma, porque não tem dinheiro; outra, porque não posso comprar, não é permitido; e porque Salvador? porque não outra cidade?", insistiu. Em seguida, os estudantes foram convidados a retornarem numa próxima oportunidade, "com mais tempo". E a pergunta que não quer calar é:


Retornar para quê?


Wanderson Pimenta (morador da REG)
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domingo, 26 de julho de 2009

3° Ato Público da REG pela "Compra da Casa Própria!"


Amanhã, segunda-feira, dia 27 de julho, a partir das 9 horas, acontecerá o 3° Ato Público da REG pela "Compra da Casa Própria". O evento que marca mais um passo da jornada de lutas da REG será realizado na Praça Gercino Coelho. Também serão levantados aspectos do Movimento Estudantil de Guanambi.
Convocamos a todos para comparecer e fortalecer a luta pela aquisição da Casa Própria para a REG!


Da Redação
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sábado, 25 de julho de 2009

Dia Nacional da Rebeldia Cubana terá comemoração em SP


O Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba promove neste domingo a comemoração ao Dia Nacional da Rebeldia Cubana (26/7), na sede Nacional da Educafro.


A atividade teré início às 15h e será composta por um ato-político com a presença do Cônsul Geral de Cuba em São Paulo, o Embaixados Carlos Trejo Sosa; Doris Theis, Consulesa Geral da República Bolivariana da Venezuela em São Paulo; Marcelo Buzetto, da direção estadual do MST; Raphael Martinelli, Presidente Fórum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos de SP; Luiz Bernardo Pericás, doutor em História Econômica pela USP, além de uma apresentação musical do grupo cubano Sandunga.Este ano, as atividades em comemoração ao 26 de julho compõe uma agenda mais ampla junto aos países da Alternativa Bolivariana para as Américas - Alba.


Além das atividades promovidas e apoiadas pelo MPSC, o Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela está realizando atividades em memória do natalício de Simón Bolívar, comemorado em 24 de julho.


Data: 26 de julho, domingo

Horário: das 15h às 19h30

Local: Educafro - Rua Riachuelo, 268, centro de São Paulo (próximo ao metrô Sé, atrás do Largo São Francisco)


Portal do MST
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sexta-feira, 24 de julho de 2009

2° Plenária da REG







Aconteceu nesta quinta-feira, dia 23, às 19 horas, no Auditório da Câmara de Vereadores, a 2° Plenária da REG, Residência do Estudante de Guanambi em Salvador, cujos temas debatidos foram: “Casa Própria para a REG” e o “Movimento Estudantil em nosso município”.

O evento foi marcado pela presença de estudantes do ensino médio dos colégios guanambienses, bem como pelo comparecimento de integrantes do MEAS (Movimento Estudantil do Alto Sertão), ACEB (Associação de Casas de Estudantes da Bahia) e membros dos Diretórios Acadêmicos da UNEB. Estiveram presentes também vereadores, ex-moradores da REG, representantes dos sindicatos e de órgãos públicos, além de pessoas da nossa comunidade.

A segunda plenária da REG enfocou a compra de um imóvel para os estudantes guanambienses em Salvador que estejam em situação de vulnerabilidade financeira. A Residência do Estudante de Guanambi abriga aqueles que se dirigem para a capital do Estado tendo como objetivo fazer Cursinho Pré-Vestibular ou Faculdade. A REG existe há 33 anos em Salvador e nesse período a manutenção foi feita através de um repasse da Prefeitura Municipal de Guanambi que arca com o aluguel, a água e a energia elétrica.

Ato público – Sob o apoio maciço de todos os que ali estavam, a plenária se encerrou após as intervenções dos vereadores presentes, dos ex-moradores e dos estudantes do MEAS. No final, os estudantes da REG convocaram a comunidade para o comparecimento à Praça Gercino Coelho, na próxima segunda-feira, dia 27/07, a partir das 9 horas, para um ato público em que serão debatidos novamente a “Compra da Casa Própria para REG” e o “Movimento Estudantil da Região”.



Da Redação
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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mato Grosso é o maior consumidor de fertilizantes do mundo


O Estado do Mato Grosso foi considerado o maior produtor de grãos na atual temporada, além de ser o maior consumidor de fertilizantes por hectare no mundo. A justificativa é a de que o solo do Estado tem baixa fertilidade natural e, por isso é necessária a utilização de 450 kg de adubo por hectare cultivado.


Em entrevista ao site agronline, a analista de custos do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea), Luana Camila de Almeida, afirmou que "a média de consumo de fertilizantes por hectare do estado é praticamente a soma das médias de aplicação da Argentina, dos Estados Unidos e do dobro do Paraná". Essa necessidade faz com que a dependência das transnacionais responsáveis pela venda de fertilizantes seja ainda maior.


O consumo nacional de fertilizantes em 2009 teve uma queda de 26,5 % em relação a 2008, no período de janeiro a maio, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Atualmente, o Brasil ocupa o quarto lugar no consumo de fertilizantes, atrás de China, Índia e Estados Unidos.


(Com informações do Portal do Agronegócio e Agronline)
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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Plano de formação de professores tem 18 mil vagas na Bahia


As inscrições às vagas previstas pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica estão abertas. São 51.304 vagas, apenas em 2009, para a graduação exclusiva de professores em exercício, nas redes públicas estaduais e municipais. As inscrições devem ser feitas na Plataforma Freire (http://freire.mec.gov.br/).


A meta do plano nacional, lançado em 28 de maio deste ano, é formar, entre 2009 e 2011, 330 mil professores que hoje dão aulas sem licenciatura. Do total de vagas, 52% são em cursos presenciais e 48% em cursos a distância. O investimento do governo federal somará R$ 1,9 bilhão. Os cursos de formação inicial serão oferecidos por instituições públicas de ensino superior, em 17 dos 21 estados que já aderiram ao plano.


O plano oferece cursos de graduação para educadores em exercício no magistério público que estão em uma destas três situações: professor que ainda não tem curso superior (primeira licenciatura); professor com graduação, mas que leciona em área diferente daquela em que se formou (segunda licenciatura), e bacharel sem licenciatura, que precisa de estudos complementares que o habilitem ao exercício do magistério.


Para participar do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, o docente da escola pública tem de cadastrar o currículo na Plataforma Freire http://freire.mec.gov.br/index/principal>, onde também escolhe o curso que deseja e faz sua inscrição.


A primeira licenciatura tem carga horária de 3.200 horas, sendo 2.800 horas de conteúdos e 400 horas de estágio supervisionado; a segunda licenciatura tem carga horária de 800 horas para curso na mesma área de atuação do professor ou de 1.200 horas para curso fora da área de formação. Cabe às secretarias estaduais e municipais de educação informar os professores sobre os cursos disponíveis na rede de instituições públicas de ensino superior e analisar as pré-inscrições dos professores na Plataforma Freire.


Portal da UFBA
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sábado, 18 de julho de 2009

“Ler e escrever são formas de subversão”


Durante este mês de julho e agosto, dezenas de Sem Terra se reúnem em Teresina, no Piauí, para a segunda etapa do curso de Licenciatura em Artes, que acontece no Centro Paroquial do Parque Piauí. A primeira ocorreu entre março e abril do ano passado. Este é mais um curso realizado a partir do Programa Nacional de Educação para Reforma Agrária (Pronera). Os cursos, acompanhados pelo MST através do Pronera adequam-se metodologicamente à realidade do homem do campo.


Como o primeiro curso de Licenciatura em Artes, com abrangência nacional, desenvolvido pelo movimento, em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI). Ele é considerado nacional porque participam estudantes do Brasil inteiro: Rio Grande Sul, do Paraná, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Alagoas e o Pará.Apesar do longo espaço de tempo entre um período e outro, a carga horária é a mesma da UFPI. A diferença é que a graduação se estrutura com base na pedagogia da alternância.


A pedagogia da alternância


“Ocupar terra não é só eu ter um pedaço de chão é ter as condições dignas de se viver. É ter escola. Mas que escola? A gente não quer só um espaço onde possa ter uma sala de aula”. É assim que Ana Emília, acompanhante pedagógica do MST, contesta o atual modelo educacional das escolas e universidades e explica o que o movimento vem construindo há 25 anos como política de educação no campo.Ana Emília explica que, para o trabalhador rural existe uma outra dinâmica que tem que ser vivenciada e tem que ser respeita.


Por exemplo, dentro dos ciclos agrícolas, como é que você vai tirar o trabalhador da época do plantio, pra poder botar ele na escola? “Ou ele deixa de plantar ou ele deixa de estudar. Não da pra a gente ser tão: ‘Isto, isso, ou aquilo’. Daí a gente incorpora toda uma discussão dessa dialética, dessa compreensão maior. O trabalhador, o agricultor ele precisa trabalhar pra a gente ter o que comer, pra quem está na cidade também ter que comer. Mas, ele também precisa vivenciar a escola”.


O tempo escola


Portanto, a pedagogia da alternância passa por essa dimensão dos tempos, o tempo escola e o tempo comunidade. O primeiro, é o momento vivenciado, intenso, a partir dos módulos, correspondente a carga horária de um período. Os alunos assistem às aulas de manhã e à tarde. À noite, eles participam de um processo de organização interna. “Nas áreas de assentamento e acampamento a gente está organizado a partir de núcleos de famílias, brigadas e regionais, dentro de um processo democrático, onde tem as representações e tudo. No curso, a gente traz essa mesma dinâmica para ser vivenciada”, esclarece.


O curso possue seis núcleos. Em cada um deles, os estudantes escolhem uma pessoa para coordenar, outra para fazer relato dos debates dentro do núcleo, que é o processo de leitura e de estudo, e outras que vão participar das equipes que vão construir a gestão do curso. “Então, eles também são responsáveis pelo todo do curso, e esse é um processo de formação muito maior, que aí você não tem só a escolarização do saber, ler, escrever e aplicar a técnica. Eles passam a construir as dinâmicas, a coordenação do curso e a participar da gestão”, complementa.


O tempo comunidade


O tempo comunidade é para além de pensar no ciclo agrícola e do trabalho. Ele serve para o exercício da prática. Ana Emília explica que os alunos vão associar todo um processo de conhecimento. Os alunos levam diversos textos para ler, realizam intervenções dentro da comunidade e voltam com trabalhos de pesquisa, a partir dessas vivências.“A gente sempre trabalha com essa relação teoria e prática permanente. A partir do olhar da realidade, eu detecto um problema. Quando eu tenho uma teoria que pode me ajudar a enxergá-lo, então posso voltar com outras possibilidades de leitura sobre o problema da minha comunidade”, argumenta.


O corte na educação


Segundo Ana Emília, a demanda de acampamentos e assentamentos é permanente, pois todo período tem mais gente mobilizada no MST. Só em Pernambuco, são mais de 40 mil famílias assentadas. “Se você tem esse número de famílias, quantos jovens, adultos, crianças, vão precisar vivenciar a profissionalização”?Nesse embalo, Emília ainda questiona: por que o corte de 72% no orçamento do Pronera? Por que o poder público se utiliza da burocracia para coibir a contratação de novos projetos? E responde em seguida: “Porque você cancela um processo de formação contínuo da classe trabalhadora e, muito mais, do homem do campo”.


Devido a isso, no dia 8/6, o MST fez uma mobilização nacional. Foram feitas ocupações dentro das sedes do Incra, tanto pelo corte quanto pela pressão para a contratação dos projetos de novos cursos que já estão articulados. “Lá em Pernambuco, a gente fez uma ocupação-escola. Porque ocupar não é só o ato de chegar lá, sentar e tomar um prédio. Que debate a gente faz? Qual é a nossa pauta para com essa instituição? Então a gente foi lá, montou uma sala de aula, levou quadro, levou caderno, levou cadeira e discutiu essas questões”.


Subversão


“Uma vez saiu uma reportagem muito ácida dizendo: ‘Como é que gente da mão grossa quer ser doutor’. É negado o tempo todo à classe trabalhadora o direito de viver a educação no Brasil. É esse o embate que a gente sofre. Existe uma luta de classe imposta e é esse o nosso papel, superar essa relação”.


A pernambucana diz ainda que a criminalização do MST afeta diretamente o campo educacional da base do movimento. “À classe trabalhadora, nunca foi dado o direito de escrever sua história, então ler e escrever é uma forma de subversão. E aí, arcar com o impacto disso, é muito forte. Fazer Reforma Agrária não é fácil”.


Portal do MST
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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Homenagem aos 30 anos do congresso de recontrução da UNE inicia o 51º CONUNE


Parlamentares e lideranças políticas relembram a história da entidade na Câmara dos Deputados


Um ato multipartidário realizado na manhã desta quarta-feira, no plenário da Câmara dos Deputados, homenageou a trajetória da UNE nestes 72 anos de história e relembrou os 30 anos do Congresso que recontruiu a entidade em 1979, na Bahia. Convocada pelas Deputadas Federais Alice Portugal (PC do B/BA) e Manuela D ´Ávila (PC do B/RS), a sessão solene reuniu diversos parlamentares e lideranças políticas que ressaltaram a característica combativa que permeou a atuação dos estudantes brasileiros na luta por um país democrático.


A mesa foi presidida pelo deputado Marco Maia, que representou o presidente da Câmara, Michel Temer. Em seu discurso, repassou a história dos estudantes lembrando que desdo do século XVIII estiveram presentes em episódios decisivos da história do país, como a inconfidência mineira e a abolição da escravatura. "A UNE, desde sua criação, colocou em cena a disposição e seu caráter combativo", disse Maia.


A deputada Alice Portugal, que em 1979 era dirigente do DCE da Universidade Federal da Bahia e participante daquela edição do congresso, afirmou que o momento foi de extrema relevância, já que a UNE foi a primeira entidade de massas a combater a ditadura. "Sem dúvida, a UNE tem sua digital impressa na história de nossa nação. Marcar os 30 ano da reconstrução da entidade é revalidar nosso compromisso por um Brasil soberano". Em uma intervenção durante a sessão, o deputado José Genoíno (PT/SP) remorou seu momento como dirigente da UNE 15 anos antes. "Naquele momento a diretoria da UNE foi instituida em pleno AI-5, um retrato da nossa luta pela liberdade", declarou.


"Saudar os 30 anos de nossa reconstrução reaviva a memória dos que hoje estão no movimento estudantil. A geração de 79 tem sua luta honrada quando assitiste a série de mobilizações promovidas pela UNE no último período. As delegações que estão chegando em Brasília farão deste o Congresso mais representativo da entidade, prova de que o protagonismo da juventude continua o mesmo. O 51º Congresso da UNE é o retorno que damos à geração de 79", declarou a presidente da entidade, Lúcia Stumpf.


Para Ministro dos Esportes, Orlando Silva, que presidiu a UNE em 1995, o perfil da entidade continua o mesmo. " A UNE tem papel chave na manutenção da participação social e consolidação da democracia. Celebramos, também, o compromisso com o país que queremos. Que a UNE seja cada vez mais a nossa força e a nossa voz".


Demonstrando a pluralidade que representa a UNE, a sessão solene contou com as presenças do deputado Efraim Filho (DEM/PB), Lobbe Neto (PSDB/SP), Edinho Bez (PMDB/SC), Maria do Rosário (PT/RS), além dos ex-presidentes da entidade Gisela Mendonça e Claudio Langoni, e do reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo Souza Júnior.


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quarta-feira, 15 de julho de 2009

A CESS na "escuridão"


Os residentes da Casa dos Estudantes de Souto Soares, desde o dia 30 de junho de 2009 encontram-se na “escuridão”, uma vez que, a energia elétrica da residência foi desligada, na oportunidade, inclusive o relógio foi retirado por falta de pagamento das contas.


É inacreditável, mas, é o que está acontecendo na residência no município de Souto Soares, a energia elétrica da residência foi desligada há mais de 10 (dez) dias, e os estudantes encontram-se envoltos na “escuridão”, e prejudicados em suas atividades estudantis. Pior que isso, é o fato de a prefeitura municipal manter-se inerte diante de tal situação, oferecendo aos estudantes explicações vazias e não tomando medidas no sentido de resolver tal situação.


O que nos causa estranheza é o fato de a atual gestão “Muito mais desenvolvimento” nos informar que as contas estão pagas, ocorre que, a despeito do cumprimento da obrigação de pagar as contas, a “COELBA” por mero capricho, é o que supomos, não restabelece o fornecimento de eletricidade à residência.


Diante de tal situação parece-nos que voltamos a reviver os primeiros quinhentos anos da idade média, em pleno século XXI, não pela falta de eletricidade, mas, pela “escuridão intelectual” daqueles que nos representam, pois, não conseguem proporcionar com o mínimo de dignidade, condições para o desenvolvimento de uma atividade que é essencial para o progresso da humanidade como a “educação”.


Por Sérgio Lopes-Presidente da CESS


Fonte: ACEB Debate

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Os vários significados da terra


O homem e a mulher do campo estabelecem com a terra uma relação diferente da lógica dos grandes mercados. Dela se tira o sustento e se estabelece a convivência com o meio ambiente. A terra é para o trabalho. Já sob a ótica capitalista, ela é vista como reserva de valor e geradora de lucros, é para a exploração. Esta reflexão, atribuindo à terra significados distintos - de trabalho e de exploração -, foi feita pela CPT no final da década de 70 e incorporada pelo documento "Igreja e Problemas da Terra", produzido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1980.

A ação da CPT junto aos trabalhadores rurais se dá em diversos âmbitos. A que ganhou maior destaque foi a defesa do direito dos trabalhadores a terra, sobretudo posseiros e sem-terra. Só que a democratização do acesso à terra passa pela quebra do latifúndio, por isso, a CPT sempre defendeu e se envolveu diretamente com as diversas lutas e manifestações em favor da Reforma Agrária.

A CPT também se preocupa com a permanência do agricultor na terra, por isso, desenvolve ações na busca de alternativas de sobrevivência para o homem e a mulher do campo, apoiando iniciativas e políticas agrícolas neste sentido. O uso da terra, contudo, deve sempre vir acompanhado com a defesa do meio ambiente. A CPT ainda tem centrado sua atenção na produção orgânica e ecológica, na convivência respeitosa com os diversos ecossistemas e no combate ao desmatamento indiscriminado, às queimadas e ao uso de agrotóxicos.

Nestas atividades, a CPT caminha com os diversos movimentos sociais do campo, apoiando suas ações e se somando a eles em suas lutas e reivindicações.

Fonte: CPT
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Conquista de área barra grilagem na Bahia


Da EcoDebate


A longa jornada dos fundos de pastos da Areia Grande, no município de Casa Nova na Bahia, contra a grilagem de seu território conquistou, no dia 01 de julho de 2009, mais uma vitória com a anulação da sentença de Imissão de Posse que ratificava o processo da grilagem de terras públicas.


Reconhecendo as inúmeras ilegalidades que envolviam o processo judicial, dentre elas a ausência de intimação do Ministério Público e os desastrosos impactos da decisão sobre as 366 famílias que tradicionalmente habitam a Areia Grande, o Tribunal de Justiça anulou a sentença, pondo fim nos desastrosos efeitos por ela produzidos.


A decisão anulada, proferida pelo Juiz de Casa Nova no inicio de 2008, conferiu aos empresários Carlos Nizan e Alberto Martins Pires Matos, a “propriedade” das terras dos fundos de pastos usurpadas, no final da década de setenta, pela empresa Camaragibe, envolvida no chamado “Escândalo da Mandioca”. A propriedade grilada pela Camaragibe foi ilegalmente transferida, numa sucessão de negócios obscuros, aos empresários, que ingressaram com a ação de Imissão de Posse, visando legitimar, através da decisão judicial, os falsos títulos adquiridos.


Além da ausência de intimação do Ministério Público para manifestar-se, outras graves irregularidades figuravam no processo, a exemplo da ausência de citação dos membros das comunidades de fundos de pastos, que somente tiveram ciência do processo quando a sentença já estava sendo desastrosamente cumprida.


O estado de calamidade, gerado pela decisão que expulsava as 366 famílias de suas terras sem que tivessem o direito de defesa, foi agravado pela ação ilegal e inescrupulosa de milícias particulares armadas que além dos danos materiais causados, ameaçaram e agrediram as famílias de fundos de pastos.As comunidades de Riacho Grande, Salina da Brinca, Jurema e Melancia resistem à grilagem de seu território desde a década de 80 e vem conseguindo, através da força e mobilização popular, vitórias emblemáticas no contexto da luta contra a grilagem de terras públicas na Bahia.


A realização da ação discriminatória administrativa e, posteriormente, judicial, em novembro de 2008, foi fruto deste processo de mobilização e representou o reconhecimento do Estado da Bahia tanto da natureza pública das terras, como da legitimidade de sua ocupação tradicional.


A recente vitória é também bastante emblemática, pois representa o reconhecimento das ilegalidades presentes no processo que envolveram o processo pelo próprio Poder Judiciário, que, até o momento, havia sempre atuado no sentido de facilitar o processo de grilagem do território da Areia Grande.


Em fevereiro de 2009, as comunidades da Areia Grande foram abatidas com a triste notícia do assassinato brutal e ainda impune do companheiro de luta Zé de Antero. Ao contrário do que esperavam os algozes, os fundos de pastos não arrefeceram a resistência. A recente vitória dedica-se ao Zé, que teve sua casa destruída ao resistir ao cumprimento da sentença ilegal, mas não aceitou ser expulso de sua terra.“Essa luta não para enquanto a justiça não triunfar!”


União das Associações de Fundo de Pasto de Casa Nova

Comissão Pastoral da Terra

Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais


Informação da Comissão Pastoral da Terra – Regional Bahia


Portal do MST
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terça-feira, 14 de julho de 2009

Câmara aprova convênio com SENAI


A Câmara de Vereadores de Guanambi, aprovou em sessão extraordinária realizada nesta segunda feira dia 13, autorização para que o poder executivo firme convenio com o SENAI- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.


No mesmo projeto, foi autorizado convenio com a Bahia Mineração para capacitação de mão de obra na justificativa, o Prefeito Nilo Coelho, destaca que a “instalação do SENAI, será instituída a capacitação permanente de qualificação profissional como política publica municipal”.A Bahia Mineração pretende capacitar aproximadamente 8.000 trabalhadores por meio do SENAI.


Fonte: Ass. de Imprensa da Câmara Mun. de Guanambi
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Prefeitura de Guanambi apresenta Projeto da II Feira das Cidades


Em reunião realizada às 10 horas desta segunda-feira (13/07), a Prefeitura Municipal de Guanambi fez uma demonstração aos representantes de vários municípios vizinhos do Projeto da II Feira das Cidades.


A Feira das Cidades foi idealizada pela primeira-dama do município D. Solange Coelho e teve sua primeira edição no ano de 2007, oportunidade em que 11 municípios da região montaram seus estandes, mostrando seus produtos, seu folclore e suas potencialidades.


Prevista para acontecer este ano no período de 02 a 06 de setembro, no Parque de Exposições Gercino Coelho, o Projeto que ficou a cargo da Secretaria de Indústria e Comércio, contempla este ano uma área mais abrangente, com foco na geração de emprego e renda, na atração de investimentos para a região e prevê a inclusão do evento no calendário baiano.


A solenidade realizada no auditório da Câmara de Vereadores de Guanambi contou com a presença do Prefeito Municipal Nilo Coelho, da primeira-dama D. Solange Coelho, Vice-prefeito Charles Fernandes, da Segunda dama Jaílma Fernandes, do Presidente da Câmara de Vereadores de Guanambi Élder Guimarães, do Secretário de Indústria e Comércio Hugo Costa, Secretária de Assistência Social Graça Costa Cotrim, Secretário de Infra-estrutura Geovane Mercês e representantes dos municípios de Urandi, Caetité, Anagé, Bom Jesus da Lapa, Candiba, Paramirim, Palmas de Monte Alto, Igaporã e Riacho de Santana.


Ao usar da palavra, a primeira-dama D. Solange Coelho agradeceu a presença de todos os representantes dos municípios presentes e destacou que a “Feira das Cidades será um sucesso pela ampliação do projeto e pela receptividade dos municípios e dos diversos segmentos da região”.


O Presidente da Câmara de Guanambi, Élder Guimarães, lembrou que “a idealização da feira por D. Solange promove a agregação das cidades, fortalece a integração das diversas potencialidades de cada município, promovendo a geração de emprego e renda”.


O prefeito Nilo Coelho, lembrou que os municípios atravessam uma fase difícil, “no entanto, é nas horas de crise que temos que buscar a criatividade do trabalho e esta feira, idealizada por D. Solange Coelho é organizada pela Secretaria de Indústria e Comércio é a união de nós todos, para mostrar o potencial da região, temos que unir para crescer”, disse o prefeito lembrando que quando um município da região cresce, a região acompanha.


O Secretário de Indústria e Comércio de Guanambi Hugo Costa fez a demonstração do Projeto da Feira, explicando passo a passo o funcionamento do evento. Ao final Hugo Costa comentou que “os municípios entenderam a proposta e se mostraram receptivos na participação”.


Usaram ainda da palavra os representantes Carlos Alberto Tanajura (Paramirim), Neto Tellis (Anagé), Lúcio Neves (Candiba), Cláudia Manoela (Urandi), Adail José (Igaporã), Amadeu Silveira (Caetité) e Paula Regina (Riacho de Santana), todos unânimes em elogiar a iniciativa, destacando em seus pronunciamentos que a Feira das Cidades será uma vitrine importante para os municípios participantes demonstrarem o que tem de bom.


Sítio: Prefeitura Municipal de Guanambi


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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um pouco da cultura guanambiense


POR ARI DONATO

No início dos anos 1960, Guanambi estava com pouco mais de 40 anos de independência política e econômica, assegurada pela emancipação.

Na verdade, a independência era meramente administrativa, pois, politicamente, o município continuava atrelado à Constituição estadual, em razão de não dispor de instrumentos específicos, como os atuais estatutos e legislações municipalistas. Economicamente, a situação era pior. Mais grave do que no momento atual, em que ainda persiste a dependência de fundos, de verbas e de repasses para a administração pública.

Ao largo de tudo isso, a população acompanhava o desenvolvimento brasileiro, vindo com o crescimento industrial e tecnológico despontado no Sul do País. As rádios, especificamente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais; as revistas, principalmente O Cruzeiro; e, em pequena escala, os jornais, como A Tarde, alimentavam de notícias a juventude e parte da população alfabetizada. A televisão chegou a Guanambi em 1975.

Por falta de informação política ou econômica mais crítica, em razão do momento histórico vivido pelo País, a moda, o cinema e a música despontavam com mais freqüência nas conversas diárias. Nos encontros das tardes de domingo, no Guanambi Social Clube (carinhosamente chamado de Clube de Baixo, por estar na parte baixa da cidade) ou na Associação Guanambiense de Cultura e Assistência Social, já extintos, a juventude dos anos 60 e 70 dançava e cantava ao som dos conjuntos Statelys Boys e NPR-5, ambos de Guanambi.

Beber ou comer no final da noite ou na madrugada, era na Sorveteria Drink, na Sorveteria Xuá ou no Restaurante Meu Ranchinho. Os shows musicais, de artistas de fora, eram no Cine Teatro Sorbone, com 800 poltronas e um palco espaçoso e bem instalado. Foi entre o rinque dos dois clubes, as cadeiras das lanchonetes e as ruas centrais da cidade que a juventude guanambiense encontrou-se com o rock, com a Jovem Guarda e, depois, com a Tropicália.

O samba, o samba-canção, o bolero, a guarânia e a moda sertaneja foram substituídos pelas canções à base de guitarras, baixos e órgãos elétricos. Os bailes de formatura, as festas de fim de ano, as noites-dançantes e os programas de calouros passaram a ser animados por conjuntos musicais de cabeludos, que substituíram os grupos de seresta, as bandas. Antes do final dos anos 70, acabaram os bailes carnavalescos.

Com o fim desses bailes veio também a extinção das pequenas bandas de fanfarra que haviam na cidade. Saíram de cena, na época, mestres como Flávio Avelar David, de formação erudita, Renato e seu filho Paulo, de formação jazzística, e Nondas, de formação popular. Foram perdas não preenchidas, embora a cidade tenha ganho outros expoentes. Mas, seguramente, sem o conhecimento musical dos músicos formados nos dois clubes.

O movimento da Jovem Guarda encontrou essa juventude sem rumo, sem formação política e cultural capaz de promover uma filtragem musical, daí todos se lançarem de corpo e alma, Justificarmandando "... tudo mais pro inferno...". Nesse tempo, nas manhãs, tardes e noites de Guanambi, ouviam-se em todos os lugares canções de Roberto, de Erasmo, The Beatles, Os Incríveis, Renato e seus Blue Caps, Paulo Sérgio, Jerry Adriani, Wanderléa, Eduardo Araújo, The Jordans, Elvis Presley e Gianni Morandi (trazidas pelos filmes), The Animals, Creedence e Rolling Stones |

retirado de: http://aridon.sites.uol.com.br/gbi_cultura.html

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terça-feira, 7 de julho de 2009

Honduras: Testemunho de uma campesina

Testemunho da opressão após o golpe de estado detalhado por Wendy Cruz, Militante Movimento Camponês Hondurenho

Companheiros e companheiras do mundo,

Eu escrevo este testemunho após o retorno de um dia duro para os hondurenhos com meus olhos cheios de lágrimas e meu coração apertado, mas é necessário fazê-lo.

Eu sou uma mulher da família humilde, camponesa, meu espírito militante e minha consciência de classe me colocaram ao lado dos camponeses e camponesas que trabalham sob o sol de cada dia, e que não possuem perspectiva para dar um futuro melhor à suas crianças, que precisam mudar para outros países à procura de melhores condições de vida, já que em nossa pátria-mãe Honduras o bipartidarismo (liberais e nacionalista permaneceram no poder há 100 anos) submete nossa população a uma pobreza extrema, marginalidade, falta de acesso à saúde, moradia digna ou acesso a um pedaço de terra, pois a oligarquia tem a posse de tudo, deixando 90% da população às margens da pobreza extrema e à exclusão.

No domingo (5 de julho), em Honduras, completamos 8 dias de resistência pacífica. Neste dia, nós marchamos em mais de 500 mil pessoas, da cidade de Tegucigalpa em direção ao aeroporto de Toncontín, com a única convicção de receber nosso presidente Manuel Zelaya Rosales. Quando esperávamos ansiosos pela chegada do presidente, os militares das forças armadas começaram a jogar bombas de gás lacrimogêneo e passamos a ouvir tiros. Tiros que foram motivo da morte de três hondurenhos, cuja única exigência era viver pacificamente, mas, sobretudo queriam poder ter uma participação cidadã real e não da forma mentirosa a que as pessoas estavam submetidas há mais de 100 anos. Entre os três mortos estava a jovem de 21 anos chamada Isis Oveth, natural de Alde de Santa Cruz, em Guayape, na região de Olancho e outro jovem chamado Alexis Zavala, que fazia parte dos muito queridos.

Ainda assim, tive que conviver com o medo de ser parada pela polícia após a hora do toque de recolher. Mas apesar da repressão sofrida, meu espírito de luta é mais forte a cada dia, porque sonho que meu filho de 15 anos e minha filha de 10, além das gerações futuras de milhares de hondurenhos que amam este país, vivam em um lugar com justiça social, igualdade, equidade e principalmente, que sejamos co-autores de nosso país.

Eu digo a todos os homens e mulheres do mundo que se mostraram solidários a esta luta, que todos os hondurenhos seguirão firmes até alcançar a vitória de restituir nosso presidente Zelaya, deposto por falsos mártires, neste domingo, dia 5 de julho.

Que vivam os mártires pela defesa do direito de sermos protagonistas de nosso próprio futuro!

Viva Isis Oveth e outros dois irmãos que tombaram neste dia!

Nós, hondurenhos e hondurenhas, temos o direito de viver pacificamente em uma democracia verdadeira.

Que a luta seja globalizada e que a esperança seja globalizada!

Obrigado aos povos do mundo pela enorme solidariedade… Nós seguiremos em luta… Porque como disse Emiliano Zapata, “é melhor morrer lutando e não vivermos eternamente acorrentados/as".

Tegucigalpa, MDC, Honduras, C.A., 5 de Julio del 2009
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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Militares impediram que Manuel Zelaya voltasse a Honduras

Impedido de voltar a Honduras, Manuel Zelaya chegou a El Salvador. O avião venezuelano que leva o presidente deposto pousou neste domingo (5), procedente de Manágua. O presidente Zelaya deu entrevista logo após a aterrissagem. Ele disse que queria que o avião pousasse mesmo com o bloqueio militar na pista. Em Honduras, está mantido o toque de recolher nas ruas.

Zelaya chegou ao aeroporto internacional El Salvador, para se reunir com os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Equador, Rafael Correa, assim como com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, informou a rede "Telesur".

A aeronave, na qual também viajava o presidente paraguaio, Fernando Lugo, tocou o solo salvadorenho após uma breve estadia em Manágua e depois que militares impediram sua chegada ao aeroporto de Tegucigalpa.

O presidente deposto chegou a El Salvador acompanhado por seu chanceler, Patricia Rodas, e o presidente da Assembleia Geral da ONU, o ex-chanceler nicaraguense Miguel D'Decoto.

Barrado

Zelaya não conseguiu regressar a Honduras neste domingo, como planejara. Após uma tentativa fracassada de pousar em Tegucigalpa, o presidente deposto por um golpe, voou para a Nicarágua.

Ele diz que continuará buscando o apoio da comunidade internacional para retomar seu posto no governo hondurenho. "Não vão impedir que façamos tudo o que tenhamos que fazer", disse Zelaya à rede de TV venezuelana Telesur, que acompanhou sua tentativa de retorno.

Segundo a rede de TV, Zelaya pediu "em nome de Deus" que o deixassem pousar, mas não recebeu permissão.A pista de pouso estava coberta com veículos das Forças Armadas Hondurenhas, que impediram o pouso da aeronave venezuelana que carrega o presidente.

fonte: g1

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Novo Enem provoca mudança de regras para acesso à Universidade


A UFBA definiu os critérios de seleção para ingresso na Universidade no ano de 2010. Pelas novas regras, o candidato fará inscrição em apenas uma das modalidades de ensino de graduação: Cursos de Progressão Linear (CPL - os de formato tradicional na UFBA); Bacharelados Interdisciplinares (BI) e Cursos Superiores de Tecnologia (CST).

Os candidatos que optarem pelos CPL serão selecionados através do Vestibular, como realizado todos os anos. Aqueles que optarem pelos Bacharelados Interdisciplinares ou pelos Cursos Superiores de Tecnologia serão selecionados através do Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação, tendo como base as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Novo ENEM)em 2009.

Os candidatos a todos os cursos terão que se inscrever na UFBA de 1 a 14 de setembro, de acordo com o calendário da seleção. Serão convocados através de edital, com publicação prevista até 23 de agosto e disponível na página www.vestibular.ufba.br. Aqueles que escolherem os BI ou CST não pagarão a inscrição e não realizarão as provas do vestibular.

Para a inscrição como candidatos a esses cursos, precisam ter realizado o Novo ENEM, uma vez que serão classificados pelo resultado do Exame Nacional. A inscrição estabelecida pelo MEC se encerra em 17 de julho. O resultado do exame determinará a classificação, atribuindo-se às provas os pesos constantes do Parágrafo Único do Art. 3º, parágrafo único, da Resolução 01/09 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe).

As provas constituintes desse processo seletivo terão os seguintes pesos: Linguagens e Códigos – peso 2, Matemática – peso 2, Ciências Naturais – peso 2, Ciências Humanas – peso 3; Redação – peso 3. A Progad informa que realização do ENEM é de responsabilidade do MEC. Para todos os procedimentos e informações sobre o exame, incluindo calendário, inscrições, provas etc., deve ser acessado o endereço eletrônico http://www.mec.gov.br/enem.

Os candidatos aos demais cursos farão as duas fases do vestibular de acordo com o calendário proposto: 1a fase, dias 15 e 16 do novembro; e 2a fase, de 13 a 18 de dezembro. A relação completa dos cursos da UFBA consta da página www.vestibular.ufba.br.

Portal da Ufba
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sábado, 4 de julho de 2009

Movimentos sociais pedem que Itamaraty interceda por democracia em Honduras

Representantes da Via Campesina Brasil e de entidades da sociedade civil se reuniram, no fim da tarde de ontem (2/7), com o sub-secretário geral da América do Sul no Itamaraty, embaixador Ênio Cordeiro.

As entidades procuram articular a intermediação brasileira para o retorno imediato do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, bem como ajuda na garantia da democracia e dos direitos humanos no país da América Central.”É necessário que o Brasil se faça presente fisicamente em Honduras, através do envio de uma equipe do Itamaraty. É o papel que o Brasil, enquanto um país solidário àquele povo, deve fazer em prol da democracia”, avaliou Marina dos Santos, dirigente do MST, entidade-membro da Via Campesina.

O grupo também pediu que o Grupo do Rio, que reúne os governos de 22 países da América Latina, se encontre no Brasil com máxima urgência para avaliações políticas quanto à situação social de Honduras. As entidades temem pela vida de, pelo menos, 25 dirigentes sociais que estão com mandados de prisão - como é o caso de Rafael Alegria, da Via Campesina Internacional, de Carlos H. Reyes, de Juan Barahona, ambos do Bloco Popular e de André Pavón, da Organização de Direitos Humanos – CODE, além de outros e outras dirigentes políticos que atuam naquele país.No dia 28/6, o presidente hondurenho democraticamente eleito, Manuel Zelaya, foi deposto de seu cargo por militares.

Em Assembleia Geral da ONU, realizada no dia 01 de julho, Zelaya afirmou que pretende voltar a seu país, acompanhado dos presidentes da Argentina e do Equador e do chefe da OEA (Organização dos Estados Americanos).

Portal do MST
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O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!


O Governo do FHC acabou com o monopólio da exploração do nosso petróleo. Desde então, são feitos leilões de reservas e ações, dando a particulares, nacionais e estrangeiros, parte da exploração do petróleo brasileiro. Com o governo Lula nada mudou, a Petrobrás é hoje uma multinacional como as outras, servindo aos interesses dos acionistas de todo o mundo, e não às necessidades do povo brasileiro. Precisamos que a Petrobrás seja inteiramente brasileira e que tenha o monopólio e o controle da exploração do petróleo brasileiro pelo povo brasileiro
O Petróleo 100% brasileiro significa:* gasolina mais barata* oléo diesel mais barato* gás de cozinha mais barato* transporte mais barato* produção mais barata*preços ao consumidor mais baratos
PRÉ-SAL PRA PETROBRÁS!PETROBRÁS PROS BRASILEIROS! \O_

Você sabia?

Com os leilões, as empresas privadas de extração e refino exploram o petróleo brasileiro, pagando ao Brasil apenas 15% de seus LUCROS LÍQUIDOS! E guardam 85% para si mesmas ou remetem para o exterior.Isso é o contrário do que fazem todos os outros países do mundo! As empresas particulares estão enriquecendo com um tesouro que pertence a todos os brasileiros, e nos pagam uma GORJETINHA!O PRÉ-SAL é uma reserva imensa de petróleo, a grande profundidade marinha, que deixará o Brasil como um dos mais ricos países petrolíferos do mundo!A Agência Nacional do Petróleo (ANP- responsável pelos leilões de nossas reservas) vem entregando nosso petróleo aos gringos por muito pouco. Isso pode ser explicado pelo fato da atual diretoria da ANP ser composta por representantes de multinacionais, ou seja, colocar a raposa para cuidar do galinheiro!Queremos o monopólio da extração e do refino do petróleo e a Petrobrás como toda nossa; pois é a empresa que detém a tecnologia (pioneira) mais moderna do mundo em águas profundas.O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO! Nós decidiremos como usar e qual preço queremos pagar por ele! Por isso, lutamos pelo fim da ANP e pela reestatização da Petrobrás. (Comitê O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO)


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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Floresta amazônica tem 157 km² devastados em maio, aponta Imazon


Área equivale a cem vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo.Cobertura de nuvens impossibilita monitoramento em 43% da região.

Relatório divulgado nesta sexta-feira (3) pela ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) aponta que a Amazônia perdeu 157 quilômetros quadrados de floresta em maio. A área equivale a cerca de cem vezes a área do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Isso representa uma queda de 47% em relação a maio de 2008, quando o desmatamento detectado foi de 294 quilômetros quadrados.O desmatamento acumulado de agosto de 2008 a maio de 2009 é de 1.084 quilômetros quadrados. Em relação ao desmatamento ocorrido no mesmo período do ano anterior (4.143 quilômetros quadrados) houve uma redução de 74%.

O Imazon ressalva que devido à cobertura de nuvens, não foi possível monitorar 43% da Amazônia Legal. A região não mapeada corresponde à quase totalidade do Amapá, 68% do Pará, 48% do Amazonas, 41% do Acre, 38% de Roraima e 35% de Rondônia. Por outro lado, apenas 5% do território do Tocantins e de Mato Grosso estavam cobertos. Além disso, parte do Maranhão que integra a Amazônia Legal não foi analisada.

Segundo o relatório da organização, em maior de 2009 o desmatamento foi maior no Pará (37%), seguido de Mato Grosso (27%), Roraima (20%) e, menor em Rondônia (8%), Amazonas (5%), Tocantins (2%) e Acre (1%).
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quarta-feira, 1 de julho de 2009

OEA estipula 72 horas para novo governo de Honduras devolver poder para Zelaya


Organização ameaça expulsar país do bloco. Assembléia Geral condena o golpe militar de domingo (28).A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) exigiu nesta quarta-feira (1º) ao novo governo de Honduras a restituição do deposto presidente Manuel Zelaya em um prazo de 72 horas. A OEA afirmou ainda que o descumprimento desse prazo pode acarretar na expulsão do país do bloco.

A OEA condenou o golpe que derrubou o presidente Manuel Zelaya no domingo e exigiu o "imediato, seguro e incondicional retorno do presidente a suas funções constitucionais." A entidade afirmou que "nenhum governo resultante dessa interrupção inconstitucional será reconhecido."


A OEA instruiu seu secretário-geral, José Miguel Insulza, a tomar "iniciativas diplomáticas com o objetivo de restaurar a democracia e o regime da lei."


"Se isso não tiver sucesso em 72 horas, uma sessão especial da Assembleia Geral poderá suspender Honduras", disse a resolução. Zelaya prometeu na terça-feira voltar a Honduras na quinta, acompanhado de líderes estrangeiros, desafiando uma ameaça do governo interino de que irá prendê-lo se retornar ao país. A resolução da OEA foi lida durante sessão especial da organização para discutir a situação de Honduras, com a presença de Zelaya.


g1
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