quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ACEB


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Solidariedade ao radialista Clóvis Júnior


PRONUNCIAMENTO DO DEPUTADO DANIEL ALMEIDA, NA SESSÃO DO DIA, 25 DE AGOSTO DE 2009, EM SOLIDARIEDADE AO RADIALISTA CLÓVIS JÚNIOR DO MUNICÍPIO DE GUANAMBI

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,

É lastimável, que em pleno exercício da cidadania e da democracia, ainda existam políticos que se arvoram da força para oprimir uma população e dirimir o direito da livre expressão.

Estou me referindo ao fato ocorrido na manhã de ontem, segunda-feira, 24, no município de Guanambi. Uma cena de violência política protagonizada pelo prefeito Nilo coelho, ex-governador da Bahia, contra o radialista Clóvis Junior, da Rádio Guanambi FM.

A população de Guanambi estava mobilizada para participar de um ato público “Todos contra a Pedofilia”, trazido à cidade pelo senador Magno Malta e pelo Instituto Reviver.

A equipe organizadora mandou instalar na Praça do Feijão, ao lado do palco, um conjunto de telões gentilmente cedido pelo radialista, um desafeto do prefeito, em razão de levar ao ar todos os dias em seu programa “Alô Cidade”, as mazelas da cidade e queixas da população.

Insatisfeito com o apoio, o prefeito determinou que sua equipe arrancasse os telões da praça durante a madrugada. A ordem foi cumprida e sem o menor cuidado. Desmontaram a estrutura jogando as peças ao chão e carregando parte dela para destino ignorado. A atitude do prefeito deixou a comunidade estarrecida e solidária.

Quero aqui, senhor presidente, lamentar, publicamente a atitude do prefeito e também colocar-me solidário ao radialista, vítima desta violência incompreensível e irreparável.

Aproveito para levar à público a responsabilidade sobre a vida do radialista Clóvis Júnior e dos seus familiares. Não dá mais para admitir que atos como esse, que só traduzem um jeito antigo e opressor de fazer política ainda continuem a existir em nosso país. Não podemos admitir que a liberdade de expressão seja ofuscada por pessoas que não compreendem o valor da democracia.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.

Blog do Latinha
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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Profissional de imprensa sofre represália em Guanambi


Populares qualificam de arrogante atitude do prefeito.

Nesta segunda-feira dia 24, Guanambi se surpreendeu e se indignou com uma cena de violência política protagonizada pelo Prefeito do município contra o radialista Clóvis Junior da Rádio Guanambi FM; uma cena típica do mandonismo dos coronéis do sertão ou dos piores tempos da Ditadura militar.

O prefeito, anfitrião do importantíssimo evento “Todos contra a Pedofilia” trazido à cidade pelo Senador Magno Malta e pelo Instituto Reviver, ficou sabendo que a equipe organizadora mandou instalar na Praça do Feijão ao lado do Palco preparado para o evento, um conjunto de telões gentilmente cedido pelo radialista, que ele o prefeito o considera seu desafeto em razão de levar ao ar todos os dias em seu programa “Alô Cidade” as mazelas da cidade e queixas da população.

Enfurecido e tomado pelo ódio, ordenou a um grupo serviçais que arrancasse os telões da praça durante a madrugada. A ordem foi cumprida e sem o menor cuidado desmontaram a estrutura jogando as peças ao chão e carregando parte dela para destino ignorado; no momento que a ordem do prefeito estava sendo cumprida, Clóvis Junior foi avisado por alguém que passava na praça e pensando se tratar de um ato de vandalismo avisou uma viatura da polícia militar que compareceu ao local, mas a polícia nada fez ao saber que se tratava de uma ordem do prefeito.

Transtornado, o locutor em seu Programa matinal narrou a violência dos acontecimentos e disse estar sendo perseguido pelo prefeito; imediatamente a comunidade inteira passou a manifestar solidariedade ali mesmo através do seu programa e nos programas de jornalismo da Radio Alvorada; telefonemas e e-mails qualificando a atitude do prefeito de covarde e arrogante não pararam de chagar ao radialista durante todo dia; até a ex-prefeita Sizaltina Donato que esteve no palanque do prefeito nas últimas eleições, prestou solidariedade no ar lamentando a atitude intempestiva do gestor.

Clovis foi visitado em sua loja por um grupo colegas radialistas da cidade, por autoridades e por advogados que o orientaram sobre as providencias a serem tomadas. O vereador Latinha pautou em seu blog uma mensagem de solidariedade e declarou disposto a organizar um evento de desagravo em favor do radialista na Câmara de vereadores.

O Deputado Federal Daniel Almeida ligou para Clóvis, hipotecando-lhe apoio irrestrito e disse denunciará a agressão sofrida pelo profissional de imprensa, num discurso que fará na Câmara dos Deputados.

O prefeito de Guanambi que anda dizendo aos quatro ventos que deseja alçar vôos mais altos na vida pública, precisa ler os manuais da política moderna para entender que esse é um país livre e que a democracia pressupõe da convivência harmoniosa entre os que pensam diferente; alguém precisa avisá-lo que o rompante dos coronéis está fora de moda e que todos, inclusive os prefeitos estão sujeitos á lei e ao Estado de Direito.

Prevendo possíveis represálias o locutor Clóvis Junior, em sua fala emocionada no Rádio, disse temer pela segurança de sua família e que responsabilizará o prefeito pelo o que lhe acontecer nos próximos dias.

Alô Cidade
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Quem foi Eugênio Lyra?


Nasceu no dia 08 de janeiro de 1947. Começou a freqüentar uma escola particular com apenas cinco anos e aos sete, ingressou numa escola pública. Gostava muito de ler e lia tudo que via.

Não gostava de brincar, não sabia jogar gude, nem bola e nem outros brinquedos que as crianças gostam.

Sempre foi muito estudioso, esperto, prestativo, principalmente com as pessoas mais humildes e velhas. Era muito preocupado comigo, com os irmãos e com as pessoas do seu relacionamento. Isto desde pequeno.

Aos onze anos, ingressou no Colégio Maristas. Sempre foi um aluno muito esforçado e de ótimo comportamento. Aos quinze, concluiu a 4º série do ginásio e mudou-se para Salvador, onde deu continuidade aos estudos. Morava em uma pensão, no quarto dos fundos, local em que passou horas amargas e grandes sacrifícios para alcançar o que ele mais desejava.

Fez o científico no Colégio Central, onde conheceu Lúcia, sua colega e amiga. Juntos fizeram o vestibular, passaram e continuaram os estudos na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia. Desta amizade nasceu o amor.

Ainda estudante, aos dezoito anos, lançou seu primeiro livro, intitulado Fogos Fátuos. Em 1968, aos vinte e um anos, lançou Abismos, livro, assim como o primeiro, de poesias.

Em 1969, quando estava estagiando, a primeira causa foi de uma humilde senhora que estava para perder a casa. Eugênio fez todo o possível para que ela permanecesse no imóvel.

Formou-se em 1970, no dia 08 de dezembro. Um ano depois, casou-se com Lúcia e juntos, na mesma profissão, instalaram um escritório na Rua Chile, em Salvador, onde atenderam por algum tempo.

Sendo chamado para trabalhar em diversos sindicatos, viajava para atender em várias cidades do interior baiano tais como: Feira de Santana, Riachão do Jacuípe, Cachoeira, Santo Antônio de Jesus, dentre outras.

Em 1976, no dia 05 de abril, foi transferido para Santa Maria da Vitória, onde fixou residência, atendendo aos trabalhadores e lutando pela devolução das terras dos camponeses que tinham sido tomadas pelos grileiros. Ele se sentia bem em lidar com aquela gente sofredora, que precisava de alguém humano que fizesse algo por eles: recebia a todos que o procuravam e atendia com carinho e atenção aquela gente humilde. Buscando sempre ajudá-los, sentia-se feliz ao lado deles.

Um dia foi convidado por um grileiro que lhe ofereceu uma boa quantia para que ficasse ao lado dele, contra os lavradores. Ele agradeceu dizendo que ficaria com os lavradores, que precisavam dele. Deste dia em diante, começaram as ameaças e perseguições. Mesmo assim, ele não acreditava que alguém tivesse coragem de lhe fazer o mal.

Ele e Lúcia já estavam casados há seis anos. Ela estava esperando um filho e estavam felizes. Mas a felicidade durou pouco...

Eugênio vinha a Salvador para depor na CPI da grilagem. Viria na sexta-feira, não sabendo que as autoridades de lá (como o delegado de polícia e o regional, que era na época Eymar Portugal Sena Gomes) estavam aliadas aos malditos grileiros e haviam contratado o pistoleiro Wilson Gusmão por Cr$ 40.000,00 (quarenta mil cruzeiros) para executar o bárbaro crime, antes da vinda dele para Salvador.

Nesta época, Lúcia estava no quinto mês de gestação e como vivia assustada não deixava que ele saísse sozinho. Andavam sempre juntos. E foi então que na quinta-feira, 22 de setembro de 1977, na porta da barbearia de Santa Maria da Vitória, aconteceu a triste tragédia: Eugênio, aos 30 anos, fora vitimado, fatalmente, com uma bala na testa, caindo aos pés de Lúcia, que ainda correu atrás do pistoleiro.

E assim fizeram parar a vida do jovem advogado que lutou e deu seu sangue pelos lavradores, deixando, além da família, uma criança inocente, a maior vítima deste bárbaro crime: a pequenina Mariana.

Aqui termina, com um trágico fim, a história de uma criança boa, inteligente e jovem; que não teve infância, nem juventude: seu mundo foi os livros, sua família e a luta ao lado dos trabalhadores.

É com muita amargura e com o coração traspassado que narrei a vida do meu inesquecível filho EUGÊNIO LYRA.

Dona Maria Lyra, 1981

AATR
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sábado, 22 de agosto de 2009

Osvaldo Barreto fala de seus planos na Secretaria de Educação

Foco total na reestruturação das escolas públicas. Este é o projeto de trabalho do novo secretário de Educação da Bahia, Prof. Osvaldo Barreto, que tomou posse no dia 11 de agosto. Em entrevista ao âncora Mário Kertész, no programa Jornal da Bahia no Ar, na Rádio Metrópole, Barreto comentou seus projetos e reafirmou a intenção de contratar professores.

O secretário disse que o Estado precisa de uma ação imediata para recolocar os professores nas salas de aula e recuperar as escolas. "Os professores são fundamentais na educação dos nossos jovens. Precisamos ter uma relação afetuosa pela educação", comentou.

Apesar do pouco tempo à frente da secretaria, Barreto afirmou que não tem encontrado dificuldades nem no governo nem com os deputados da base aliada. "Estou assumindo com carta branca para montar minha equipe. Mas é claro que eu não sou idiota para chegar mudando tudo", disse Oswaldo Barreto, que assumiu a secretaria de Educação em substituição a Adeum Sauer.

A entrevista, em áudio, está disponível no site da Fundação Luiz Eduardo Magalhães, no endereço www2.flem.org.br/entrevista/entrevista-com-o-novo-secretario-da-educacao.

Portal da UFBA
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Gripe A em Guanambi...

Na ocasião da ultima sessão da camara de vereadores de Guanambi, 17, Dr. Ruy Azevedo narrarou de forma objetiva, todos os fatos relacionados aos supostos casos da doença registrados no Hospital Regional de Guanambi.

Segundo Dr. Ruy Azevedo, 14 caos foram notificados até agora. Quatro óbitos foram registrados em pacientes com suspeitas da griper A. Ante a sistuação de alerta em que se encontra as autoridades de saúde, foi deslocada uma equipe de vigilância sanitária da Secretaia de Saúde do estado, para Guanambi, onde investiga a intercorrência do virús.

Com informações do site jjshow.com.br
Thiago Teixeira(REG)
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Marina Silva deixa PT após 30 anos de filiação


A senadora Marina Silva (AC) confirmou hoje seu desligamento do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda à qual é filiada há cerca de 30 anos. Marina Silva foi convidada pelo PV a se filiar à sigla, com a possibilidade de ser candidata à presidência da República em 2010.


Entretanto, a senadora disse que somente agora começará as conversações com a direção do PV e este ainda não é o anúncio de sua filiação a outro partido. "Não seria ético, não seria justo conversar com outros partidos antes de me desfiliar do PT. Agora vou estar em conversação com o PV, obviamente respeitando o calendário eleitoral", afirmou.


Segundo a Justiça Eleitoral, para concorrer às próximas eleições, as filiações partidárias devem ocorrer até o início de outubro.Marina Silva comparou sua saída do PT a um episódio de sua vida quando, aos 16 anos, saiu de casa, no seringal Bagaço, com o objetivo de cuidar da saúde e estudar para realizar o sonho de ser freira.


"Foi uma decisão difícil. Vocês não podem imaginar o que era para uma adolescente analfabeta ir para uma cidade que não conhecia", disse. "O fato de sair de casa não significa que estamos rompendo laços com aquelas pessoas com as quais convivemos há tanto tempo", completou ela, em referência aos colegas do PT.


A senadora informou ainda que enviou uma carta ao presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), comunicando sua decisão, mas afirmou que não conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos 15 dias, quando começou a articular sua saída da legenda.


Sobre as negociações com o PV, Marina justificou: "Não se trata mais de ficar fazendo embate dentro do partido. Trata-se agora de fazer um encontro com todos aqueles que sonham com a luta socioambiental brasileira."


A Tarde Online
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Striptease midiático


Por Eduardo Guimarães.

Confesso a vocês que, em meio século de vida, nunca vi coisa igual à guerra das tevês que ora beneficia o país. E sei que não faltarão os que dirão “feio” o barraco midiático estabelecido entre Globo e Record a partir da última terça-feira, mas, para este blogueiro, nunca se viu coisa mais útil na tevê.
Nesta quinta-feira à noite, o novo round veio de forma mais elaborada, lenta, revestido de alguma coisa que me fez lembrar de sensualidade, provavelmente pelo cair das vestes que se viu não apenas das duas emissoras, mas de todos os impérios de mídia do país.
Era como se Globo e Record, através dos minutos incontáveis de suas matérias de ataque uma à outra, fossem deixando, lânguidas, que os véus translúcidos que resguardam suas vergonhas caíssem um a um.
As duas emissoras começaram a se atacar exatamente ao mesmo tempo – tão logo terminou o horário eleitoral do PTC. A Record manteve os ataques por mais tempo do que a Globo.
Ambas arrastaram seu bate-boca ao Congresso nacional, mostrando que a briga realmente é de cachorro grande e de como foi na política que esses impérios de comunicação nasceram, cresceram e como chafurdam nela até hoje, mais do que nunca.
A Globo escalou seu time de parlamentares oposicionistas de sempre (Arthur Virgílio, Rodrigo Maia etc.) e o indefectível petista Eduardo Matarazzo Suplicy. Defenderam investigações logo depois do acordão que fizeram para pôr fim a elas no Senado, a Casa do Telhado de Vidro.
A Record respondeu com outro time de parlamentares maior e bem mais agressivo do que os que se apresentaram no Jornal Nacional para pedir “apuração” das denúncias contra a Igreja Universal. Os parlamentares da emissora de Edir Macedo citaram a Globo nominalmente sem parar, falando sobre os malefícios do monopólio da emissora carioca.
De resto, a Globo requentou informações de terça-feira sobre a denúncia do Ministério Público de São Paulo contra a Universal e a Record promoveu uma lacrimejante defesa do “dízimo” através de fiéis que teriam enriquecido valendo-se daquela prática cristã (dízimo), a qual a Record também lembrou ser comum em outras igrejas, como a católica.
No fim das contas, a nudez midiática revelou o que jamais os impérios de comunicação exibiram sobre si e revelou o quanto tinham a esconder. Acredito que o que mais chamou a atenção naquela nudez indecente foi o envolvimento da televisão com políticos, a mesma televisão que boa parte do público sempre acreditou apolítica.
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Nas três Américas, apenas Brasil e Argentina jamais fizeram reforma agrária. O detalhe é que somos um país de dimensões continentais


Desde 10 de agosto, mais de 3 mil trabalhadores sem-terra se encontram acampados em Brasília para, de novo, alertar o governo federal sobre uma questão que, outrora, foi considerada prioritária pelo PT: a reforma agrária.
O mundo gira, a Lusitana roda, e hoje muita coisa parece virada de cabeça para baixo: quem fazia oposição a Sarney o defende; quem gritava “fora Collor” o elogia; quem exigia reforma agrária exalta o agronegócio. E, apesar das políticas sociais, 31 milhões de brasileiros (as) continuam a sobreviver na miséria. E a violência dissemina o medo por nossas cidades.
A manifestação dos sem-terra reivindica do governo muito pouco, sobretudo se comparado aos incentivos oficiais concedidos a empresas que degradam a Amazônia e usineiros, que, em latifúndios, mantêm trabalhadores em regime de semiescravidão.
É urgente assentar mais de 100 mil famílias sem-terra acampadas pelo país afora, sobrevivendo em barracas de plástico preto à beira de estradas. E cuidar das 40 mil famílias assentadas virtualmente, apenas no papel, pois aguardam, há tempo, recursos para investir em habitação, infraestrutura e produção. Nos últimos seis anos foram financiadas apenas 40 mil casas no meio rural. Também as escolas rurais necessitam, urgente, de recursos.
O Brasil não tem futuro sem mudar sua estrutura fundiária. Nas três Américas, apenas Brasil e Argentina jamais fizeram reforma agrária. O detalhe é que somos um país de dimensões continentais, com 600 milhões de hectares cultiváveis.
Dois problemas crônicos encontrariam solução se nosso país não tivesse tanta terra ociosa, como se constata ao viajar por nossas estradas ou sobrevoar nosso território: o desemprego e a violência urbana. Os países desenvolvidos, como os EUA e a Europa Ocidental, com territórios bem menores que o nosso, conseguem obter alta produtividade no campo, sem que haja latifúndio. Há, sim, grande incentivo à agricultura familiar.
O governo federal deve à nação a atualização dos índices de produtividade das propriedades rurais, intocados desde 1975. Por exigência constitucional, tais índices deveriam ser revistos a cada 10 anos. Eles são utilizados para classificar como produtivo ou improdutivo um imóvel rural e agilizar, com transparência, a desapropriação das terras para efeito de reforma agrária.
O Ministério do Planejamento deve às famílias sem terra o descontingenciamento de R$ 800 milhões do orçamento do Incra previsto no orçamento deste ano. Esse recurso permitirá a obtenção de terras e aplicação no passivo dos assentamentos.
Durante o período de acampamento, que se encerra no dia 21, estão previstos também debates sobre conjuntura agrária, clima e meio ambiente, energia, Previdência Social, juventude, comunicação, gênero e raça, além de atividades culturais e ato em comemoração aos 25 anos do MST.
Está marcada para amanhã a jornada nacional de lutas contra a crise, uma mobilização de trabalhadores e desempregados, em todo o país, para assegurar manutenção do emprego, melhores salários, ampliação dos direitos, redução das taxas de juros e investimentos em políticas sociais.
Dia 19, movimentos sociais, estudantis e sindicais se reunirão, em Brasília, em defesa do petróleo, para reivindicar novo marco regulatório para a produção energética do país.
E no dia 7 de setembro, em todo o Brasil, o 15º Grito dos Excluídos, promovido por várias entidades, inclusive a CNBB, terá como tema “Vida em primeiro lugar – a força da transformação está na organização popular”.
A manifestação, que imprime caráter cívico à data da independência do Brasil, tem por objetivo arrancar a população do imobilismo e ressaltar a importância de se fortalecerem os movimentos sociais para consolidar nossa democracia e conquistar soberania.
A democracia não pode se restringir a eleições periódicas, que, por enquanto, permitem inclusive a candidatura de corruptos e réus de processos comuns. À democracia política é preciso aliar a econômica, de modo a reduzir a desigualdade social que envergonha o Brasil. Só assim conquistaremos o direito de ser um povo feliz.

Por: Frei Betto


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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Chegada de mineradora em Caetité divide opiniões


À beira da estrada, no distrito de Brejinho das Ametistas, em Caetité, o lavrador José Francisco da Silva pede carona. Havia andado cinco léguas – ou 30km – até ali, vindo de sua propriedade. Para chegar à sede do município, onde tinha marcada um cirurgia na vesícula, seriam outros 28 km. Dois ônibus quebrados em um posto próximo dimensionavam a dificuldade da tarefa. “A gente vive há mais de 40 anos em cima de um morro de pedra onde só pousa urubu”, lastima o baiano de sotaque amineirado.


Próximo à divisa entre Bahia e Minas Gerais, a 757km da capital baiana, Caetité tem um imbróglio nas mãos. De um lado, a chegada da mineradora Pedra de Ferro, empreendimento que em 15 anos deverá extrair do subsolo algo em torno de 15 milhões de concentrado do minério.
Do outro, Igreja Católica e ambientalistas denunciam impacto ambiental e crescimento desordenado na região, além de uma pressão psicológica, já existente, para que agricultores vendam suas terras.


Possibilidade que, aos olhos de José Francisco, passa longe de ser compulsória. Minutos de conversa, e um quase delírio: “Se quisessem comprar minha terra eu vendia era correndo”. A especulação imobiliária de que são alvo moradores da zona rural daquela cidade e da vizinha Pindaí ainda não lhe bateu à porta. Do compadre, que deixou a casa depenando-lhe as telhas, recorda o que disse. “Zé, agora eu tô é rico”.


Do padre, contrário ao êxodo “forçado”, o sertanejo desdenha: “Queria ver é ele morar aqui”. Em fase de licenciamento, o projeto carrega a marca da Bahia Mineração (Bamin), controlada pelo investidor indiano Pramod Argawal e pela ENRC, do Cazaquistão. Em troca da promessa de 4 mil empregos na construção da mina – reduzidos a 1,3 mil na fase de extração – Pedra de Ferro se beneficiará de 765m³ de água/hora do São Francisco, canalizada por 150 km de um duto até Malhada (BA).


Uma hipótese para o escoamento do ferro é a concretização da Ferrovia Bahia Oeste, entre Ilhéus (Ba) e Alvorada (TO). Apesar de já possuir outorga prévia da Agência Nacional de Águas (ANA) para extração no Velho Chico, a Bamin não tem o apoio de ambientalistas.


A Tarde Online
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lula garante a Manuel Zelaya que o governo brasileiro trabalha por sua volta


O governo brasileiro vai continuar apoiando o retorno ao poder do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, em conversas com o governo dos Estados Unidos e por meio da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A garantia foi dada a Zelaya pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em reunião na tarde desta quarta-feira (12), em Brasília.
“Claro que a nossa capacidade de convencimento está sendo usada. Houve algumas medidas e isso nos preocupa. O presidente Lula expressou isso muito claramente para o presidente Zelaya”, relatou o chanceler ao final do encontro de cerca de 1h15.


“Não há dúvida sobre o apoio do Brasil pela volta imediata, incondicional [de Zelaya ao poder]”, completou.


Amorim destacou, ainda, que o Brasil está preocupado com a demora no estabelecimento de um acordo para o retorno de Zelaya a Honduras. A avaliação do governo brasileiro é de que, com o passar do tempo, seja enfraquecida a capacidade de Zelaya de legitimar as eleições gerais marcadas para novembro.


O chanceler aposta no poder de pressão do governo norte-americano. “É preciso não só que o presidente Zelaya volte, mas que volte rápido. E pra que ele volte rápido é preciso que os golpistas entendam que eles não têm futuro e quem pode dizer isso com todas as letras pra eles são os Estados Unidos, que têm maior influência direta”, ressaltou.


“O governo dos Estados Unidos tem o poder efetivo e a OEA tem o poder de direito. Então, é preciso a combinação desses dois poderes para que claramente eles [os golpistas] entendam que golpe de Estado não tem mais lugar na nossa região.”


Portal do PT
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PT disputa cargos e limita ação de Wagner


Além de ter de articular as alianças político- administrativas com vistas a 2010 com PP, PDT, PSC e outros partidos, o governador Jaques Wagner (PT) terá de controlar a sede do PT por espaço e cargos no governo depois do rompimento com o PMDB, que deixou três secretarias. Na noite desta quarta, 12, o governador recebeu lideranças da corrente do ex-Campo Majoritário (Articulação) para tratar do assunto, antes de conversar, nesta quinta, 13,, com representantes do PP, no início da tarde, e PDT, cujas lideranças se reúnem pela manhã com o ministro Carlos Lupi, em Brasília.


Das três secretarias vagas – Ciência e Tecnologia, Indústria e Comércio e Infra-Estrutura –, essa última é a que enche os olhos dos petistas, e, aliás, a que está na mira de todos os partidos que pretendem aliança com o PT, por tratar-se da que administra mais recursos. Até esta quarta, fonte do PP dava como certo que a pasta passaria aos comandos do deputado federal João Leão (PP).


“Estamos buscando recompor nosso espaço, pois perdemos Agricultura e Educação. Nada está 100% definido ainda, então, a partir do espaço que o governador disser que tem a oferecer, discutiremos um nome”, disse o deputado estadual J.Carlos, referindo-se ao deputado federal Geraldo Simões, substituído na pasta de Agricultura pelo deputado estadual Roberto Muniz (PP), ano passado; e ao recém-exonerado secretário Adeum Sauer, substituído por Osvaldo Barreto, em Educação.


J. Carlos, que fez um duro discurso contra o governo no Plenário da Assembleia na terça, criticando a presidência da Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia), disse que tudo está nas mãos do governador, mas que a Infra-Estrutura é um espaço cobiçado. Cargos de segundo escalão, como a presidência do Derba (Departamento de Infra-Estrutura de Transporte da Bahia), também fazem parte dos anseios petistas. Nos quadros do ex-Campo Majoritário, há nomes como o de Edval Passos, atual presidente do Sebrae, e Neidiana Costa Pinto, procuradora do Estado.



Articulações – O deputado federal Mario Negromonte (PP), que se encontra com Wagner nesta quinta à tarde, não quis confirmar se estava fechado com João Leão a pasta de Infra-Estrutura. Limitou-se a dizer que “é natural que se amplie o espaço da legenda no governo”, lembrando que o PP tem 40 prefeituras, 38 vice-prefeitos e 400 vereadores na Bahia.


Uma fonte muito próxima ao governador, porém, revelou outra possibilidade para o PP: a entrada de Roberto Muniz no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), caso o conselheiro Otto Alencar venha a se aposentar em outubro, para sair candidato ao Senado na chapa majoritária de Wagner. A pasta de Agricultura seria, então, dada ao PDT.


O desafio maior é o PDT, que discute na manhã desta quinta se o melhor caminho é seguir Wagner ou o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). A legenda, que está dividida, e tem na Prefeitura de Salvador as pastas de Educação e Reparação, já esteve próxima de ocupar a secretaria de Ciência e Tecnologia, ano passado, em conversas, que não deram certo, entre o deputado federal Severiano Alves e o secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa.
“O PDT não abre mão de estar na majoritária e de ter a pasta de Educação no Estado. E isso nós já temos garantido com o PMDB”, revelou Severiano, que é contra a aliança com PT.



Já o PR deixou claro, ontem, que não fará aliança com o PT para 2010 e que tem conversado tanto com o PMDB quanto com o DEM-PSDB. Como 4 dos 6 deputados estaduais votam com o governo, quando o partido se definir, os mesmos terão de decidir posição.

A Tarde Online
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MST denuncia papel da Justiça contra a Reforma Agrária


Os mil trabalhadores rurais do MST fazem um ato em frente ao Tribunal Regional Federal (TRF), na tarde desta quarta-feira (12/8), para denunciar como o Poder Judiciário está prejudicando a criação de assentamentos no estado de São Paulo, com processos contra a desapropriação de latifúndios pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O ato em frente ao TRF acontece às 15h30, próximo ao Masp. Às 14h, os Sem Terra partiram em marcha do Estádio do Pacaembu, onde estão alojados, e devem passar pela Avenida Dr. Arnaldo e pela Avenida Paulista.


"Há uma série de latifúndios improdutivos desapropriados pelo Incra que não podem se transformar em assentamentos por causa de ações na Justiça que atrasam a Reforma Agrária em São Paulo", afirma a integrante da coordenação nacional do MST, Soraia Soriano.
Os marchantes protocolaram pedido de audiência e têm a expectativa de serem recebidos ainda hoje pela desembargadora federal Marli Ferreira, presidente do TRF.


Às 19h, o MST recebe homenagem em ato solene na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo por 25 anos de luta e resistência, em atividade coordenada pelos deputados estaduais Raul Marcelo (PSOL) e Simão Pedro (PT). Cerca de 200 marchantes, de todas as regiões onde o Movimento está organizado nos estado, devem participar da atividade.


Portal do MST
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Prefeitura de Guanambi firma parceria com a COTAEG


O Prefeito de Guanambi Nilo Coelho, recebeu em seu gabinete na tarde desta segunda feira, representantes da diretoria e associados da Cootaeg (Cooperativa de trabalho dos agentes ecológicos de Guanambi), para discutir formas de parceria do poder público municipal para o desenvolvimento do trabalho da entidade, focado na reciclagem do lixo e no meio ambiente.


Participaram do encontro, o promotor público de Guanambi; Dr. Áureo Teixeira, Secretários de Indústria e Comércio; Hugo Costa, Agricultura e Meio ambiente; Joventino Neto, Presidente da Câmara Vereador Élder Guimarães, vice prefeito Charles Fernandes, assessores Dr. Vá Boa Sorte e Drª. Adriana.


Na ocasião o prefeito destacou a importância do projeto, assinou Projeto de Lei que será enviado à Câmara para doação de um terreno para a entidade, ressaltando, no entanto, a necessidade da profissionalização da atividade "nós não queremos nos limitar a doar o terreno, vamos colocar a Secretaria de Indústria e Comércio a disposição, para elaborar um Planejamento de Trabalho, um projeto de divulgação para mostrar a sociedade o que é o objetivo da cooperativa, trazer a sociedade para participar", enfatizou o Prefeito.


O Secretário Hugo Costa, lembrou que o município pode ajudar e muito "inclusive na busca de mercado com competitividade".


Para o promotor público, Dr. Áureo Teixeira, o trabalho da Cooperativa é importante e comentou: "Vamos dar nosso apoio não só a nível do Ministério Público mas como cidadão", garantiu. O promotor afirmou ainda que "o apoio do Poder Público, mostra o compromisso do Prefeito Nilo Coelho com a questão ambiental, com a reciclagem que é fundamental para uma cidade de porte de Guanambi e com a geração de emprego e renda".


Já o presidente da Cootaeg, Noilton Nascimento, afirmou que o apoio manifestado pela Prefeitura, foi muito importante para o projeto deslanchar "com a cessão do terreno em regime de comodato, e ainda o apoio para murar o terreno, a compra dos carrinhos anunciado pelo Prefeito é um passo largo para consolidar nosso trabalho".


Farol da Cidade
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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Empossados o Presidente e Vice-Presidente do Conselho Municipal de Educação


Na tarde do dia 30 de julho, na Sala do Conselho Municipal de Educação, reuniram-se em sessão extraordinária os Conselheiros de Educação que, após votação direta e secreta realizada nesse dia, acompanhada pela Comissão Organizadora, a Presidente Anne Alves de Carvalho Correia após apuração dos resultados, empossou os novos Conselheiros de Educação, Paulo Vinícius Santos Sulli Luduvice representante dos discentes do Departamento XII – UNEB e Iziane Lopes Lima representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Guanambi, respectivamente nos cargos de Presidente e Vice-Presidente do Conselho Municipal de Educação para cumprirem o mandato de 02 anos, consoante disposição regimental.
Prefeitura Municipal de Guanambi
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Marina Silva é doutora Honoris Causa da UFBA


A senadora acreana Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, recebe na segunda-feira (10 de agosto) o título de Doutora Honoris Causa da UFBA, durante cerimônia às 9h, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia (FMB), no Terreiro de Jesus.
Presidem à solenidade o reitor Naomar de Almeida Filho e o diretor do Instituto de Biologia, Prof. Jorge Antonio Moreira da Silva. Na ocasião, ela vai proferir a aula inaugural do segundo semestre letivo, sobre o tema “O Brasil é uma esquina civilizatória: o desafio do desenvolvimento sustentável”.

Marina Silva foi agraciada, em junho deste ano, com o prêmio internacional "Sofia 2009", em Oslo, capital da Noruega, em reconhecimento à sua atuação na defesa do meio ambiente.

Portal da UFBA
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Fim de linha da aliança PT-PMDB


Em complemento à nota abaixo postada, o governador Jaques Wagner disse, textualmente, o seguinte: "não contratei por lote e não reconheço partido político como agência de terceirização de mão de obra. Não preciso de intermediários para conversar com os meus secretários. Quando eles me procurarem, vou conversar com os dois e aceitarei os pedidos de exoneração que me forem apresentados pessoalmente." E mais não disse. Nem precisava.


(Samuel Celestino) - Bahia Notícias
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O povo disse não ao projeto Pedra de Ferro

Em quatro audiências públicas consecutivas, realizadas entre os dias 28 e 31 de julho, o povo da região atingida pelo projeto Pedra de Ferro, que vai desde Malhada do São Francisco até Ilhéus, mostrou sua rejeição ao empreendimento. Mais de 5 mil pessoas participaram das audiências promovidas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) para discussão do processo de licenciamento de localização do complexo minerário da Bahia Mineração Ltda. Em Guanambi, Caetité, Malhada e no distrito de Guirapá do município de Pindaí, os trabalhadores do campo e as comunidades tradicionais, que estão entre os principais afetados pelo projeto, manifestaram de forma clara o seu “NÃO”.

Audiência lotada.Antes e durante os eventos, a Bahia Mineração Ltda. (BAMIN) procurou forjar uma imagem de empresa responsável e preocupada com a questão sócio-ambiental. Mas sua verdadeira face ficou à mostra quando na apresentação do empreendimento escamoteou os impactos negativos, e superdimensionou os supostos benefícios do negócio. As empresas SETE – Soluções e Tecnologia Ambiental, e F&H Engenharia Ambiental, foram contratadas pela BAMIN para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) acerca da adutora e da mina Pedra de Ferro. “As duas empresas, ao invés de apresentar os estudos com lisura e imparcialidade, se comportaram como verdadeiros garotos-propaganda, fazendo lobby para a BAMIN. Principalmente a SETE que, em nenhum momento apresentou de forma clara os impactos irreversíveis como perda de flora e supressão de comunidades tradicionais”, comenta Diacísio Leite, da Comissão Pastoral da Terra – CPT Bahia.

Rebaixamento do lençol freático

Foram recorrentes as intervenções do público acerca do rebaixamento em 300 metros do lençol freático. Nesse aspecto, a BAMIN tentou diminuir a magnitude do impacto, desconsiderando que em longo prazo esta ação poderá transformar a região em um deserto, perdendo a possibilidade até mesmo de recorrer a poços por conta da falência dos aqüíferos. Ressalta-se que o rebaixamento não deve ser pensado isoladamente. Existem outros fatores que devem ser levados em consideração, como a diminuição dos índices pluviométricos, o aquecimento global e o fato de o local solicitado para a mina está na principal área de recarga desses aqüíferos.


Poder público amplamente favorável

Manifestações contrárias em Guirapá.O poder público das esferas municipal, estadual e federal esteve presente nas audiências. “O posicionamento do IMA demonstrou, por vezes, parcialidade confundindo-se com a própria BAMIN”, preocupa-se Hundira Cunha, agente da CPT na região Sul/Sudoeste. Existe uma dúvida sobre qual dimensão o IMA irá dar às inquietações e protestos presentes nas falas do povo durante as audiências, que será base para a concessão ou não da licença de localização, avaliada pelo Conselho Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM). “Os poderes públicos municipai, tanto o legislativo como o executivo, infelizmente e contrariando as falas da população, intervieram praticamente colocando a venda as suas cidades, utilizando como moeda de troca propostas que não passam de medidas compensatórias, fazendo o jogo da BAMIN, que ao invés de trazerem benefícios para o povo são, na verdade, projetos eleitoreiros”, desabafa Hundira.

Comoção e um não dito de diferentes maneiras

Nas quatro audiências, o povo disse NÃO ao projeto da mineradora. Houve momentos de grande comoção, como na fala do Sr. Daniel, da comunidade de Lajes do Sapato no município de Guanambi, quando pediu aos “senhores” da BAMIN “um pouco de humanidade, que os senhores sejam um pouco humanos, eu sei que esse projeto vai ser implantado passando por cima de todo mundo.”

Em Caetité o Sr. José Fernandes, da comunidade João Barrocas, atentou para o problema da falta de água e da perda da possibilidade de utilização de terras comuns, nos campos dos gerais que foram cercadas pela BAMIN.

Em Malhada, o quilombola Osmar, do quilombo Pau D´arco e Parateca, destacou a importância do Rio São Francisco para a as comunidades ribeirinhas e afirmou que estão dispostos a lutar de qualquer forma para defender o Velho Chico.

Mais de 2.000 pessoas na audiência de Guirapá

Alimentos contra ferro - mesa cheia de produtos regionais durante audiência pública.No povoado de Guirapá, no município de Pindaí, diretamente afetado pelos rejeitos do empreendimento, a participação popular superou a casa dos dois mil participantes, segundo cálculo da Policia Civil. Em Guirapá, a audiência publica só ocorreu devido a uma solicitação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, uma vez que não havia sido contemplado pelo calendário das audiências públicas, O comparecimento de populares contrários ao empreendimento na audiência de Guirapá era tão maciço que o prefeito de Pindaí e os vereadores presentes preferiram se calar. A presença da Promotora Pública Luciana Khoury, do Ministério Público Estadual, deu maior segurança à população e esclareceu quanto ao verdadeiro caráter da audiência, que até então era apresentado pelo IMA apenas como um momento parar tirar dúvidas. Drª Luciana afirmou que as audiências não seriam definitivas, ressaltando que o NÃO dito pela população teria que ser considerado.

A força da participação popular, a forma natural de manifestação do povo que, embora não tendo o conhecimento técnico dos assessores da BAMIN, expressaram através de poesias, de musicas e a colocação nas mesas das audiências de produtos da terra como verduras, alho, abóbora e cachaça, o potencial produtivo da região. Unido na convicção que o minério não trará benefícios para o povo, mas ao contrário, irá concentrar ainda mais a riqueza através da usurpação dos recursos naturais gerando fome e miséria.

CPT Bahia
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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

IMA realiza Audiência Pública em Guirapá

Aconteceu na ultima sexta-feira, 31 de julho a audiência pública da Bahia Mineração no Centro Comunitário de Múltiplo Uso do distrito de Guirapá. O evento realizado pelo Instituto de Meio Ambiente - IMA, do Estado da Bahia teve como objetivo discutir os benefícios e impactos sócio-ambientais da implantação do empreendimento denominado Pedra de Ferro na Região.

Na entrada do evento faixas de repudio ao empreendimento foram afixadas pelos moradores das áreas a serem atingidas.

Participaram do evento, representantes da Bahia Mineração, o Ministério Público representado pelas promotoras Dra.Luciana Koury e Dra. Samira Jorge Medeiros, o prefeito de Pindaí, Lourivaldo da Cruz Teixeira, o vice-prefeito Valmir Gomes, vereadores, secretários municipais, autoridades estaduais de meio ambiente, professores e a comunidade local (aproximadamente 2000 habitantes), lotando a plenária.

Na abertura do Evento, o prefeito Loro, pediu em breve discurso calma e paciência a todos para que o evento pudesse ocorrer dentro da normalidade. Em seguida a BAMIN realizou sua apresentação ilustrando o empreendimento tanto a parte de Suprimento - Adutora do Rio São Francisco quanto a Mina Pedra de Ferro, bem como os prováveis impactos provenientes de suas atividades, porém de forma superficial.

Em seguida a engenheira ambiental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Pindaí, Izalda Gomes, iniciou a apresentação sobre o município, mostrando aspectos culturais, ambientais e socioeconômicos desprezados pela BAMIN, tais como: comunidades negras tradicionais, os ecossistemas e suas interligações, os quais serão afetados caso seja instalado o empreendimento. O principal impacto relatado foi a questão dos recursos hídricos, a destruição de algumas nascentes, redução da área de recarga, a sustentabilidade do aqüífero com o rebaixamento de 300m e a vazão de retirada de 600m3/h, bem como o agravamento da escassez de água para o consumo humano, sedentação dos animais e para agricultura na região, afetando diretamente na economia local, sendo aplaudida de pé ao final da apresentação.

Por fim ocorreu um debate, onde autoridades, professores, estudantes, lideranças religiosas e comunidade questionaram os representantes da BAMIM sobre vários pontos que não ficaram claros na apresentação da empresa. Com números grande de questionamentos, e com o cansaço, não foi possível a BAMIN e o IMA responder a todos os questionamentos. Desta forma, o IMA se comprometeu a trazer as respostas e soluções para questionamentos.



Farol da Cidade



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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Bahia mineração mente em seu sítio na internet

Já não bastam as mentiras apresentadas pela Bahia Mineração (BAMIN) nas audiências públicas promovidas pelo IMA. Agora, a empresa confunde novamente a população através do seu sítio na internet. Numa matéria veiculada sobre as audiências públicas que ocorreram na região, a mineradora revela que o RIMA(Relatório de Impacto Ambiental) sobre a mina e a adutora estaria a disposição para a consulta da população guanambiense na sede do Ministério Público.

Dirigindo-se ao MP Estadual nesta segunda-feira, dia 03 de agosto, este escrevente se deparou com a resposta de que nenhum RIMA da Bahia Mineração se encontrava no local. Fui alertado para o fato de que o relatório poderia estar no Ministério Público Federal e parti para averiguar. Novamente, me deparei com a negativa dos funcionários do MPF.

À BAMIN, a pergunta é simples: por onde o RIMA, que deveria estar a disposição do povo desde o dia 02 de junho?

Wanderson Pimenta (morador da REG)
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