segunda-feira, 30 de abril de 2012
Israel inicia construção de muro na fronteira com o Líbano
Governo israelense alega que barreira de concreto é necessária para aumentar segurança de área que já tem cerca
sábado, 28 de abril de 2012
Cotas para negros
Adoção de cotas em universidades do Brasil, uma vitória para negros
RIO DE JANEIRO, 27 Abr 2012 (AFP) - O Supremo Tribunal Federal aprovou por unanimidade a polêmica adoção de cotas raciais nas universidades, uma decisão aplaudida por milhões de negros e mestiços que se queixam de não terem as mesmas oportunidades daqueles que são considerados brancos, 124 anos depois do fim da escravidão.Os dez juízes do STF deram na noite de quinta-feira um voto contrário a um recurso apresentado em 2009 pelo DEM, que alegava que as cotas aplicadas desde 2004 pela Universidade de Brasília, com 20% de suas vagas reservadas a negros e mestiços, contradizem o princípio da igualdade e alimentam o racismo ao criar privilégios baseados em critérios de raça.
"A opressão racial da sociedade escravista brasileira deixou cicatrizes que se refletem na diferenciação de afrodescendentes. A injustiça do sistema é absolutamente intolerável (...) Viva a nação afrodescendente!", argumentou o juiz Luiz Fux.
Os juízes consideraram que as cotas aplicadas pela UnB são uma ferramenta legítima para corrigir as desigualdades que afetam os afrodescendentes.
A decisão do Tribunal habilita as cotas raciais em todas as universidades públicas de um país com cerca de 51% de negros (7,6%) ou mestiços (43,1%), según o último censo de 2010 do IBGE. Apenas 2,2% deles tem acesso à universidade.
"É uma grande vitória para nós. O Brasil desperta para anunciar que há um método de inclusão (social). O argumento dos juízes fará com que aqueles que eram contra as cotas reflitam", declarou à AFP Fray David, um religioso franciscano que dirige a ONG Educafro, que luta para facilitar o acesso dos negros à educação.
Segundo Fray David, o negro deixou de ser "escravo do patrão para ser escravo do sistema" após a abolição da escravidão, uma condição que persiste até hoje.
"A decisão dos juízes representa o fim de uma política de inação que convinha aos brasileiros mais acomodados", comemorou, ao lembrar que 80% dos empregados domésticos, trabalhadores que vivem de "bicos" e empregados da construção civil são de origem africana.
Por outro lado, os membros do Congresso que são afrodescendentes não chegam a 5% do total, e no Poder Judiciário são menos de 3%. Na indústria, os negros e mestiços em cargos de direção não chegam a 4% e na rede bancária 12% são negros ou mestiços, em postos que vão de gerentes a pessoal de limpeza, afirmou o religioso.
Na moda, pela primeira vez em 2009, a Semana de Moda de São Paulo -o maior evento de moda da América Latina- estabeleceu uma cota de pelo menos 10% de modelos negras, mas em 2010 um juiz anulou a decisão.
Os críticos das cotas, como o presidente do Conselho do Instituto de Estudos do Trabalho e da Sociedade (Iets), Simon Schwartzman, consideram que, "quando é criada uma situação na qual dividimos as pessoas entre beneficiários de cotas e não beneficiários, isso gera uma discriminação".
"Desafio qualquer um a me provar que isto aumenta o racismo. Celebro o casamento de negros e brancos que se conheceram nos bancos da universidade", respondeu David.
POr:Cinara Viana
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Caetité: alunos são premiados em Olimpíada de Física
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Por unanimidade, STF legaliza as cotas raciais nas universidades
STF discute legalidade de cotas raciais em universidades
preside o primeiro julgamento desde que tomou
posse, conversa com o relator das ações sobre
cotas em instituições de ensino, o ministro Ricardo
Lewandowski (Foto: Carlos Humberto / SCO / STF)
Joaquim Barbosa, único ministro negro do STF, fez um aparte ao voto do relator para falar sobre a posição dos que criticam os sistemas de cotas raciais. "Basta ver o caráter marginal daqueles que se opõe ferozmente a essas políticas."
A maioria das entidades participou de audiência pública realizadas pelo Supremo, em março de 2010, para discutir o tema. As opiniões se dividem entre os que defendem e criticam a adoção da questão racial como critério em detrimento de outros fatores, como a renda do candidato.Além dos representantes da UnB, do DEM e da União, outros 10 advogados ocuparam a tribuna do STF para defender suas posições contra ou a favor das políticas de reserva de vagas em universidades tendo a raça como critério.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Uneb inicia atividades do curso de Medicina com aula magna na Bahia
terça-feira, 24 de abril de 2012
Expectativa de vida de homens pode alcançar a de mulheres até 2030
Tendência em 2030
Vantagem feminina
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Ciência sem Fronteiras vai levar 20 mil estudantes ao exterior ainda este ano
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Excesso de Coca-Cola pode ter causado morte de neozelandesa
Natasha Harris bebia de oito a dez litros por dia, segundo o companheiro.
Médico afirmou em inquérito que refrigerante pode ter levado a infarto.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Dieta dos brasileiros tem excesso de gordura saturada
Brasília – Estudo divulgado nesta terça-feira 10 pelo Ministério da Saúde indica que a população brasileira se alimenta de forma inadequada e consome gordura saturada em excesso. Dados mostram que 34,6% não dispensam carne gordurosa, enquanto 56,9% das pessoas bebem leite integral regularmente. Outro fator preocupante é o consumo de refrigerante: 29,8% dos brasileiros tomam a bebida pelo menos cinco vezes por semana.
A pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta também que o consumo de frutas e hortaliças no país é baixo. Apenas 20,2% das pessoas ingerem cinco ou mais porções por dia, quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o ministério, os homens, sobretudo os mais jovens, alimentam-se pior que as mulheres, já que não costumam tirar a pele do frango ou a gordura da carne vermelha antes de comer. A população masculina chega a consumir quase duas vezes mais carne com excesso de gordura do que as mulheres – 45,9% contra 24,9%.
O consumo de frutas e hortaliças também é menor entre o sexo masculino. Apenas 25,6% deles ingerem esses alimentos cinco ou mais vezes por semana. O percentual cai para 16,6% quando considerada a recomendação da OMS. Entre as mulheres, os índices são de 35,4% e 23,3%, respectivamente.
A ingestão de refrigerante também é maior entre a população masculina: 34,3% dos homens tomam a bebida no mínimo cinco vezes por semana, enquanto o percentual entre as mulheres é 25,9%.
Dados da pasta revelam, entretanto, que, com o passar dos anos, o brasileiro tende a diminuir a ingestão de gordura saturada e de refrigerante. Entre homens de 18 a 24 anos, 51% consomem regularmente carne com gordura. O número cai para 27,6% entre aqueles com idade superior a 65 anos.
O grau de instrução também influencia os hábitos alimentares da população – quanto mais anos de escolaridade, mais saudável é a alimentação. Frutas e hortaliças, por exemplo, estão presentes no cardápio de 44,5% dos brasileiros com 12 anos de estudo ou mais. O percentual cai para 27,5% entre pessoas que estudaram no máximo oito anos.
Fonte: Carta Capital
Postado por: Fernanda Fiuza
MST mantém ocupação de superintendências do Incra
Portal Vermelho - 19/04/2012
O MST mantém nesta quarta-feira (18) a ocupação de seis superintendências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nos estados de Alagoas, Ceará, Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro e Paraíba, na Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária.
Foram realizados novos protestos em sete estados. O MST cobra com a jornada a punição dos responsáveis pelo Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, o assentamento das 186 mil famílias acampadas e um programa de agroindústrias para os assentamentos.
A superintendência do Incra do Ceará, em Fortaleza, foi ocupada nesta manhã por 1.500 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra. O superintendente do órgão convocou uma audiência no período da tarde com os Sem Terra, que contou com a participação de entidades da sociedade civil que defendem a Reforma Agrária. Participaram também a Federação dos Trabalhadores do Estado do Ceará e Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf).
Em Alagoas, os prédios da Receita Federal, da Secretaria de Agricultura e do Instituto de Terras e Reforma Agrária (Iteral) foram ocupados no início da manhã. O governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), fez o compromisso de criar um programa para o desenvolvimento dos assentamentos, em audiência com uma comissão formada por integrantes do MST, nesta quarta-feira.
Em Minas Gerais, 43 famílias ocuparam a Fazenda Inhumas na cidade de Uberaba, pela manhã. Apenas três horas após a ocupação, a Polícia Militar realizou o despejo, mesmo sem mandado de reintegração de posse pela justiça.
No Pará, 500 trabalhadores rurais ocuparam a prefeitura de Curionópolis, para cobrar a construção de novas escolas. A ocupação denuncia também o fechamento de escolas. No Brasil, foram fechadas mais de 37 mil escolas nos últimos dez anos.
Já em Mato Grosso, os trabalhadores rurais estão acampados em frente à Assembleia Legislativa.
No Tocantins, mais de mil famílias ligadas ao MST e ao MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), ao lado de estudantes, professores e pastorais, trancaram a TO 050, próxima à capital Palmas. O trancamento durou por volta de uma hora. Depois, os integrantes realizaram um ato político e fizeram uma vigília durante toda a noite com diversas atividades de protestos e denúncias. Nesta quarta-feira, fizeram um ato no Tribunal de Justiça, em protesto contra o mandado de reintegração de posse do acampamento Sebastião Bezerra, onde cerca de 300 famílias do MST e MAB que ocupam a fazenda Dom Augusto estão para serem despejadas.
Na terça-feira, no Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária, os trabalhadores rurais do MST realizaram uma série de mobilizações pelo país, com o trancamento de trechos de rodovias em 20 estados, pela punição dos responsáveis pelo Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996,e pelo assentamento das 186 mil famílias acampadas. Foram realizados protestos em 20 estados. Houve 105 bloqueios de rodovias, estradas, avenidas e ferrovias. Já foram ocupados 45 latifúndios, em nove estados, em abril.
Fonte: MST
Postado por: Maikon Guimarães
Após 8 anos, STF julga ação sobre titulação de terras quilombolas
A ação movida pelo Partido Democratas (DEM) contesta a regulamentação das terras quilombolas por meio de decreto presidencial. A legenda alega que o decreto invade esfera reservada à lei e disciplina procedimentos que implicarão aumento de despesa, como o que determina a desapropriação, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de áreas de domínio particular para transferi-las a essas comunidades.
O DEM questiona o princípio do autorreconhecimento para identificação de quilombolas, assim como a possibilidade de a comunidade apontar os limites de seu território. A legenda também questiona a previsão de pagamento de indenizações a ocupantes não quilombolas.
Atualmente, apenas 193 comunidades têm o título de propriedade. De acordo com a Comissão Pró-Índio de São Paulo, esse número representa 6% da totalidade de comunidades estimadas (cerca de 3 mil).
A ação que corre no STF não é a única que contesta a regulamentação de terras quilombolas. Está tramitando na Câmara dos Deputados a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propõe transferir para o Congresso Nacional a responsabilidade pela demarcação e homologação de terras quilombolas, indígenas e de áreas de conservação ambiental. De acordo com a Constituição, essa é uma atribuição do Poder Executivo.
Lideranças quilombolas de vários lugares do Brasil devem acompanhar o julgamento do STF na Praça dos Três Poderes.