segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Cruz Vermelha pede que a Farc digam onde estão os reféns

A diretora da Delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Colômbia, Bárbara Hintermann, pediu neste domingo (30) às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que digam as coordenadas para a libertação da ex-candidata à vice-Presidência Clara Rojas, 44, seu filho Emmanuel, 3, nascido em cativeiro, e a ex-congressista Consuelo González de Perdomo.

Hintermann disse que o pedido é "meramente humanitário", lembrando que a espera dos parentes dos três reféns tem sido longa.

Neste domingo, a operação de resgate dos três reféns foi adiada novamente em razão da falta de informação sobre as coordenadas de sua localização. A operação, idealizada pelo governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é esperada há dois dias.

A diretora da Cruz Vermelha disse sua organização está preparada com toda a logística para buscar os reféns a qualquer momento.

Em Caracas, o governo venezuelano expressou sua confiança na breve libertação dos reféns, mas reconheceu que o processo pode demorar mais alguns dias.
Os delegados de sete países fiadores da operação humanitária, entre eles o ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner e o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência do Brasil, Marco Aurélio Garcia, chegaram no sábado a Villavicencio para participar do resgate dos três seqüestrados em algum ponto do sudeste da Colômbia.
Helicópteros
Em Villavicencio (a 95 km de Bogotá) aterrissaram domingo dois novos helicópteros venezuelanos civis, tipo Bell, que se somaram à frota de dois helicópteros militares MIM-17 com emblemas da Cruz Vermelha que estão estacionados no local desde sexta-feira.

As duas aeronaves são menores que os MIM-17 e podem ter maior margem de manobra que os helicópteros militares, "caso as condições do local (onde o resgate dos reféns será feito) sejam mais difíceis que o previsto", disse o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, à televisão estatal VTV.
O presidente venezuelano disse no sábado à noite que espera que a libertação dos três reféns da guerrilha ocorra até a virada do ano, mas considerou que existem setores 'dentro e fora da Colômbia que apostam no fracasso' da missão.

As Farc anunciaram no dia 18 de dezembro a libertação das duas mulheres e do menino como "ato de desagravo" a Chávez pela decisão do governo colombiano de pôr fim a seu papel de mediador para um acordo humanitário que conduza à troca de 45 seqüestrados por 500 guerrilheiros presos.

A espera une as famílias dos seqüestrados, os emissários envolvidos e até os mais de 150 jornalistas que acompanham o caso mais de perto. Porém, os guerrilheiros ainda não liberaram as coordenadas necessárias para o resgate.

Maduro, pediu "paciência" e acredita que tudo se resolverá "nas próximas horas". Porém, as famílias de Clara Rojas e de Consuelo González de Perdomo, que esperam em Caracas, vêem aumentar o risco de a libertação não ocorrer este ano.

fonte: folha online (www.folha.com.br)
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