Foram mais de 39 horas sem energia elétrica na região de Guanambi: foi o suficiente para aterrorizar grande parte da população local. Isso porque começaram a circular boatos de possíveis saques, assaltos em massa etc. E, logicamente, a elite arrepiou até o último fio de cabelo.
Claro, os negros e os pobres iam descer os morros em direção ao centro para surrupiar tudo o que os brancos, os “homens bons”, haviam acumulado com muito “esforço” ao longo de anos de trabalho. E esses mesmos homens bons passaram duas boas noites sem dormir, armados até os dentes em casa à espera de um bandido, de um “nêgo safado” que viesse furtar o que era deles de direito.
É óbvio que aqui não se trata de apoiar saques ou assaltos até porque a elite arranjou seus escudos caso algo acontecesse: algum pobre vigia e seu revólver calibre 22 estavam prontos para defender seu “honroso” patrão.
Mas o que cabe refletir é o quanto se torna engraçado ver os “homens bons” se cagando de medo trancafiados em casa. Enchendo os supermercados, os poucos que possuíam gerador, para acumular o máximo de velas, lanternas e mantimentos, caso o “apagão” se prolongasse por mais tempo. E já havia boatos de que o “black out” que começou às 18h40min, da quarta-feira dia 9, continuasse até a segunda-feira, dia 14.
Mas como se diz que aqui em Guanambi “todo dia é dia de branco”, após duas noites de saques e quebra-quebra a “luz” voltou. Logo quando já se dizia que a noite da sexta-feira viria a ser a “noite da anarquia”, tudo perdeu a graça. Por volta das 09h45min ouviram-se gritos por todos os lados: eram as coisas voltando ao “normal”.
E hoje a noite na “Praça do Feijão” tem comemoração. Bares abarrotados de gente para diminuir o prejuízo de duas noites vazias. “Pode colocar mais cerveja no congelador, jovem! Nós estamos de volta com nossos carros do ano, nossas lindas namoradinhas, nossos lisos rostinhos!” Pega-fogo, cabaré!
Volta para a sua maloca, negão! Os “homens bons” estão de volta às ruas, e amanhã tem “ballad”, na Fun House.
Wanderson Pimenta (morador da REG)
É óbvio que aqui não se trata de apoiar saques ou assaltos até porque a elite arranjou seus escudos caso algo acontecesse: algum pobre vigia e seu revólver calibre 22 estavam prontos para defender seu “honroso” patrão.
Mas o que cabe refletir é o quanto se torna engraçado ver os “homens bons” se cagando de medo trancafiados em casa. Enchendo os supermercados, os poucos que possuíam gerador, para acumular o máximo de velas, lanternas e mantimentos, caso o “apagão” se prolongasse por mais tempo. E já havia boatos de que o “black out” que começou às 18h40min, da quarta-feira dia 9, continuasse até a segunda-feira, dia 14.
Mas como se diz que aqui em Guanambi “todo dia é dia de branco”, após duas noites de saques e quebra-quebra a “luz” voltou. Logo quando já se dizia que a noite da sexta-feira viria a ser a “noite da anarquia”, tudo perdeu a graça. Por volta das 09h45min ouviram-se gritos por todos os lados: eram as coisas voltando ao “normal”.
E hoje a noite na “Praça do Feijão” tem comemoração. Bares abarrotados de gente para diminuir o prejuízo de duas noites vazias. “Pode colocar mais cerveja no congelador, jovem! Nós estamos de volta com nossos carros do ano, nossas lindas namoradinhas, nossos lisos rostinhos!” Pega-fogo, cabaré!
Volta para a sua maloca, negão! Os “homens bons” estão de volta às ruas, e amanhã tem “ballad”, na Fun House.
Wanderson Pimenta (morador da REG)
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