quarta-feira, 23 de abril de 2008

Confrontos e ataques aéreos matam 15 em área xiita de Bagdá

da Folha Online

O Exército dos EUA anunciou as mortes de 15 supostos insurgentes em confrontos e ataques aéreos ocorridos em áreas xiitas de Bagdá nesta quarta-feira. Há semanas, soldados americanos se confrontam com homens armados leais ao clérigo Muqtada al Sadr.

Em um hospital de Sadr City, região no subúrbio de Bagdá considerada bastião do Exército de Mehdi, grupo armado ligado a Sadr, cinco corpos foram recebidos durante a madrugada.

De acordo com fontes médicas, ao menos outras 22 pessoas ficaram feridas nas ações.

Segundo a polícia, os confrontos foram os mais violentos na região, que abriga cerca de 2 milhões de habitantes. Centenas morreram em Sadr City desde que o premiê iraquiano, Nouri al Maliki --que é xiita-- lançou uma ofensiva contra o Exército de Mehdi, no mês passado.

Sadr exige a retirada das tropas dos EUA do Iraque e ameaçou, durante o último final de semana, dar início a uma "guerra" se Maliki não suspender a campanha contra seus partidários em Bagdá, em Basra (sul do Iraque) e em outras áreas xiitas do país.

Desde a ameaça feita por Sadr, o Exército americano anunciou as mortes de cerca de 65 supostos integrantes da milícia armada em Sadr City e em outras áreas xiitas de Bagdá.

Em um episódio durante a madrugada, soldados realizaram um ataque com granadas após a explosão de uma bomba de beira de estrada. Ao menos seis homens armados morreram.

Em outra ação, dois supostos insurgentes que colocavam um morteiro em um veículo morreram após serem atingidos por um ataque aéreo.

"Ao lado das forças de segurança iraquianas, estamos alvejando terroristas, redes criminosas e qualquer pessoas envolvida em crimes violentos contra os iraquianos", disse Steven Stover, porta-voz do Exército americano em Bagdá.

Maliki recusa-se a dar fim à ofensiva contra as forças de Sadr. O clérigo radical apoiou a chegada do premiê ao poder, em 2006, mas depois rompeu com o atual governo, depois que o líder iraquiano negou-se a estabelecer um cronograma para a saída das tropas dos EUA.

Em reunião de ministros das Relações Exteriores da região e de países ocidentais no Kuait nesta terça-feira, Maliki ressaltou o apoio político que possui para desarmar as milícias, e criticou os países árabes vizinhos por não reafirmarem os laços com o governo de Bagdá.
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