As FARC-EP, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo, divulgou no último domingo dia 25/05 uma nota em que confirmava a morte de seu emblemático líder Manuel Marullanda Vélez, fundador da guerrilha há 44 anos. O comunicado foi lido por Timoleón Jiménez "Timochenko", também membro do secretariado do grupo que congrega outros 7 guerrilheiros.
Mesmo com as recentes perdas - além de Marullanda as FARC-EP perderam nesse ano Raul Reyes e Ivan Ríos - é difícil estabelecer algo sobre o fim da guerrilha: "juramos vencer", disse Timochenko no vídeo divulgado domingo. Alfonso Cano, antropólogo e principal ideólogo do movimento, assumirá o posto de comando com a morte do "comandante en jefe" Manuel Marullanda.
Contexto - As Forças Armadas Revoucionárias da Colômbia, de inspiração marxista-leninista, contam com um número de combatentes que varia de 8.000 a 18.000, segundo estimativas. Atuam principalmente nas áreas rurais do sudeste e nas planícies da base da Cordillheira dos Andes dominando de 15 a 20% do país. Os governos da Colômbia, Estados Unidos e da União Européia definem as FARC-EP como terroristas enquanto que Brasil, Equador, Bolívia não adotam esse título. Cuba e Venezuela preferem caracterizá-los como forças insurgentes.
Opinião - Diante de um governo criminoso e fantoche dos Estados Unidos como o colombiano, as FARC-EP aparecem como alternativa revolucionária socialista para um país empobrecido, recheado de forças para-militares de direita e narco-traficantes. O coro da mídia fascista ajuda a descaracterizar um movimento que nasceu da insurgência camponesa marginalizada ao longo de séculos em um país extremamente desigual.
Longa vida aos guerrilheiros!
Wanderson Pimenta (morador da REG)
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