terça-feira, 10 de junho de 2008

Farc acusam Uribe de planejar o assassinato de Chávez e Correa



Um membro da cúpula das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) acusou o presidente colombiano, Álvaro Uribe, de planejar o assassinato do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e do Equador, Rafael Correa. A ação teria o apoio da Casa Branca.

Segundo o site Agencia Bolivariana de Prensa, que publicou a notícia, um guerrilheiro identificado como Ivan Márquez afirmou que mais de 100 paramilitares foram infiltrados na Venezuela por meio do serviço de inteligência do Departamento Administrativo de Segurança (DAS) colombiano.

"[Uribe] tentou e segue tentando matar o presidente Hugo Chávez da Venezuela. O DAS, que é a CIA na Colômbia, infiltrou com esse propósito em Caracas mais 100 paramilitares; e o chefe do DAS é o senhor Uribe", disse Márquez.

O membro das Farc afirma ainda que um plano semelhante está sendo elaborado para assassinar o líder equatoriano Rafael Correa. Márquez diz que um general reformado equatoriano, de sobrenome Águas, comandaria a ação.

O texto escrito pelo guerrilheiro tem o título "O computador da perfídia". Além das acusações a Álvaro Uribe, o texto alega que são falsos os computadores confiscados no acampamento das Farc no Equador, onde morreu o então número dois da guerrilha, Raúl Reyes. A história, afirma o membro das Frac, serviria para "fustigar" e "ameaçar" os países vizinhos.

"Que nenhum Governo, nenhum povo, nenhum revolucionário se sinta chantageado por um computador chimbo (falso), que não é o de Raúl Reyes, mas do chefe da Polícia da Colômbia, general Óscar Naranjo", disse o chefe guerrilheiro.

Para Márquez, o presidente Uribe quis gerar um escândalo com os supostos computadores de Reyes para encobrir a "parapolítica". Ele se refere aos 32 congressistas colombianos, na maioria governistas, que foram investigados por suas ligações com grupos paramilitares de direita.

As acusações estão sendo vistas com ceticismo por analistas, que as avaliam como uma tentativa das Farc de atacar a credibilidade do adversário em um momento de enfraquecimento do grupo guerrilheiro.
Fonte: Revista Epoca
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