segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Após grampos,Lula afasta a cúpula da Abin

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou hoje o afastamento de toda a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A decisão foi tomada durante a reunião semanal de Coordenação Política. Ao final do encontro, realizado a portas fechadas no Palácio do Planalto, o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, telefonou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, para informá-lo da tomada da decisão.
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A iniciativa do presidente ocorre após denúncias de que a Abin teria feito grampos clandestinos em gabinetes de ministros do STF, dos ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Dilma Rousseff (Casa Civil), do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, além de parlamentares governistas e de oposição.
O afastamento da cúpula da agência de inteligência é provisório e permanecerá enquanto não forem concluídas as investigações da Polícia Federal e da própria sindicância interna aberta pela Abin. Pela legislação que rege os servidores públicos, a sindicância da Abin, por exemplo, terá prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, e será composta por três funcionários, incluindo técnicos em telecomunicações para tentar rastrear os grampos.
Entre os afastados estão o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, e o diretor-geral adjunto da entidade, José Milton Campana. Delegado federal há 31 anos, Lacerda estava à frente da Abin desde outubro de 2007, quando deixou a diretoria-geral da Polícia Federal. O diretor-geral foi informado pelo próprio presidente Lula sobre o afastamento temporário.
Campana é comandante de Inteligência e diretor-geral adjunto da Abin. Funcionário de carreira, está há 33 anos na agência e foi integrante do extinto SNI, Serviço Nacional de Informações vigente no período militar.
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