segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Terra sobe 2000% no semi-árido baiano


O preço da terra no semi-árido baiano subiu 2000% em dois anos. Um hectare que era vendido por cerca de R$ 50 em 2006, já é encontrado por, pelo menos, R$ 1 mil. O mercado imobiliário rural da região atribui o aumento ao crescente interesse dos empresários do agronegócio sobre as áreas mais indicadas da Bahia para o cultivo de oleaginosas, utilizadas como matéria-prima para a produção de agrocombustível.


Segundo o corretor de imóveis, Guilherme Filho, a maior parte dos empresários não quer investir no plantio de mamona, planta típica do semi-árido baiano. Guilherme explica que, devido à divulgação do governo de que não é possível fabricar agrocombustível apenas com a mamona, os empresários apostam no pinhão manso.


Porém, muitos empresários estão comprando as terras apenas para vendê-la no futuro. Guilherme afirmou que todos acreditam que a valorização da área vai continuar e, por isso, “a demanda é tanta que está faltando terra para vender”, afirmou.A Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia (Seagri) afirmou estar preocupada com o crescimento do número de terras baianas de propriedade de empresários estrangeiros.


De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em 2007, menos de 1% das terras agrícolas da Bahia pertenciam a estrangeiros. Porém, a assessoria do órgão admite que os números estão defasados e que muitos empresários brasileiros compram imóveis em nome de grupos internacionais, ou seja, são usados como “laranja”.


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