terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Epidemia de dengue causa mortes e caos

Epidemia de dengue causa mortes e caos em Itabuna onde mais de mil casos já foram notificados só nos dois primeiros meses deste ano. A situação obrigou o município a decretar estado de emergência na última terça-feira, 17. O município e a Sesab montaram uma estratégia de combate ao mosquito.
Os hospitais quase não têm mais estrutura para atender os mais de 100 pacientes com os sintomas. O caos foi ainda maior na quinta-feira, no Hospital de Base, onde apenas dois médicos se revezavam para atender vítimas de dengue e outros pacientes que chegavam ao setor de urgência e emergência.
Os hospitais Manoel Novaes, Cemepi (antigo Ipepi) e Calixto Midlej receberam, nesta semana, dezenas de crianças e adultos com sintomas da dengue clássica e hemorrágica.
A informação de funcionários do Calixto Midlej era de que cerca de 150 pacientes internados no segundo maior hospital da cidade eram vítimas da dengue, grande parte com quadro da versão mais perigosa da doença, a hemorrágica.
O início da semana foi marcado pelas mortes da professora Rita Santiago e de Hanna Vitória Santos Miranda, de quatro anos, por dengue hemorrágica. Hanna foi internada no Manoel Novaes na terça-feira, 17. Ela começava a cursar o “jardim II” no Colégio Adventista.
Após a dengue mostrar força, o secretário municipal de saúde, Antônio Vieira, concedeu entrevistas em que, finalmente, reconhecia o quadro grave de dengue no município. Vieira tentava negar, uma semana antes, que Itabuna enfrentava uma epidemia.
A realidade o desmentiu, assim como o decreto emergencial assinado pelo prefeito José Nilton Azevedo, o Capitão Azevedo (DEM), em que já se falava no “agravamento epidemiológico” da doença no município.
Fumacê
Prefeitura e governo do estado, através da Sesab, decidiram partir para uma guerra contra o mosquito da dengue, usando cinco carros-fumacê para aplicar o inseticida que mata o Aedes Aegypt na fase adulta.
A aplicação, em toda a cidade, começou na quarta-feira e foi reforçada pela chegada de mais três veículos para realizar o serviço. Até o início da manhã de sexta, segundo Edenílton Oliveira, da Fundação Nacional de Saúde, o inseticida havia sido aplicado em 12 bairros.
A aplicação do fumacê era feita apenas em quarteirões onde a rede de saúde notificava casos suspeitos da dengue. Segundo Edenílton, a aplicação não poderia ocorrer em toda a cidade, segundo recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A organização preconiza que o fumacê só deve ser aplicado a cada 12 meses, para que o mosquito não adquira resistência ao inseticida. A situação, descrita como de calamidade, obrigou as autoridades locais em saúde a contrariar a OMS.A aplicação é feita por cinco carros-fumacê da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Um carro é usado como reserva para os casos de quebra. Máquinas costais também são utilizadas em regiões de difícil acesso.
A recomendação dos técnicos em saúde é para que a população abra portas e janelas das casas no momento em que o fumacê estiver passando. O inseticida não faz mal à saúde do ser humano. As portas e janelas abertas facilitam a circulação do fumacê.
Posted on by Residência do Estudante de Guanambi | No comments

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