quinta-feira, 25 de junho de 2009

Final



Na espreita, sente que ainda respiro.

Vem. Arranca-me o último suspiro

e do peito separa-me a vida,

qual a borboleta da crisálida.



Tétrica. Ronda mi’a carne efêmera,

na disputa breve com a terra,

e envolve meus esquálidos ossos,

imóveis, lançados no fosso.



Mais não terá, se mais nada resta

para animar-lhe a funesta festa.

Ainda assim, segue sem clemência!



Quedo, sem medo, não sou sua presa!

Uma luz clareia-me a certeza:

- Tenho livres, alma e consciência.
Por: Ari Donato - Salvador - Bahia
Jornalista - Ex-morador da REG

Farol da Cidade
Posted on by Residência do Estudante de Guanambi | No comments

0 comentários: