A Venezuela não deu detalhes sobre como a agência de segurança de Bogotá estava espionando, mas a acusação foi feita depois que as relações entre os dois países pioraram ainda mais com o assassinato de 10 membros de uma equipe de futebol amadora da Colômbia na fronteira com a Venezuela.
Os laços já estavam desgastados desde o começo deste ano, quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, suspendeu as relações com Bogotá e reduziu o comércio bilateral em represália ao plano da Colômbia de permitir que tropas norte-americanas tivessem mais acesso a suas bases militares.
"A Venezuela exige que a Colômbia suspenda todas as atividades dos agentes do Departamento de Segurança Administrativa (DAS) dentro da Venezuela", disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado, na segunda-feira, que acusava a agência de se engajar "em conspiração e plano para desestabilizar" o país.
Bogotá e Caracas costumam se desentender sobre o conflito guerrilheiro colombiano e o tráfico de cocaína na fronteira, mas seu comércio anual de 7 bilhões de dólares costuma ser interrompido apenas temporariamente.
Chávez, um crítico persistente dos EUA, diz acreditar que as bases colombianas podem ser usadas pelos norte-americano para lançar um ataque contra seu país. O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, alega que o acordo é uma extensão da cooperação já existente com os EUA para conter a insurgência e o narcotráfico.
Autoridades venezuelanas já atacaram a DAS no passado. Em setembro, o ministro do Interior do país acusou a agência de traficar cocaína da Colômbia.
A Colômbia disse no mês passado que iria desmantelar a DAS, que está no centro de uma série de escândalos sobre grampos ilegais dos opositores de Uribe, de jornalistas e juízes.
Ex-funcionários da DAS também estão sendo investigados sob acusações de que forneceram detalhes de lideres sindicalistas e de ativistas de direitos humanos aos esquadrões de morte paramilitares.
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