A oligarquia colômbiana não consegue mais se explicar em mais um ano de fracassos no combate a guerrilha marxista mais antiga do planeta. Seu representante maior, o presidente Alvaro Uribe, há muito pregava o fim das FARC. A mídia do país, fiel aos própositos dos dominadores, disseminam, cotidianamente, informações falsas a respeito dos guerrilheiros.
São mais de 7 anos de enfrentamentos somente no regime uribista. O Plano Colômbia, criação estadunidense para supostamente combater o narcotráfico, despejou mais de 3 bilhões de dólares nos cofres do governo. Nada disso impediu que no último mês de novembro, as FARC atacasse uma base do exército no Departamento do Valle Del Cauca, deixando mais de uma dezena de soldados mortos e outras dezenas de feridos.
As FARC, embora com menor presença no país como outrora via-se, encontram-se vigorosas. Em 2009, de acordo com cifras do próprio Exército Colômbiano, foram quase 1000 soldados governistas mortos em combate, números que superaram os de 2008.
"Cada dia, em cada povoado, em cada vereda, em cada município, muitos jovens fazem fila, para ingressar na insurgência. Alguns se movem de seus lugares de origem e aparecem nos acampamentos guerrilheiros, por um problema social que os atingiu: ausência de terra para trabalhar, as fumigações, a falta de crédito, a falta de uma política agrária, a ausência da própria reforma agrária", segundo matéria publicada na Agência de Notícias Nova Colômbia (ANNCOL).
Os guerrilheiros proclamam, em contraposição à idéia da desmobilização: "La oligarquía debe engavetar su quimera!"
Extensas áreas da Colômbia são controladas ou influenciadas direta ou indiretamente pelas FARC. Departamentos (Estados) como Valle del Cauca, Caquetá, Meta, Guaviare etc. possuem municípios inteiros sob o domínio dos guerrilheiros.
A política de "Seguridade Democrática" uribista se mostra falida. Não foi por acaso que o governo anunciou um acordo para a instalação de mais sete bases militares do Estados Unidos em solo colombiano. A Colômbia está se transformando, a cada dia que passa, em uma espécie de "Israel Latino-Americano", devido a forte presença militar-financeira do império estadunidense.
Wanderson Pimenta "Sorriso"
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