segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dilma nega aumento de conflitos no campo durante governo Lula


A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rejeitou hoje a ideia de que houve um aumento de conflitos no campo durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Para ela, o governo fez projetos que reduzir os conflitos.

"Eu não concordo [que os conflitos no campo tenham aumentado]. Os dados não apontam nesse sentido. O governo encaminhou soluções para a paz no campo. Tivemos o maior número de assentamentos rurais, foram quase 600 mil famílias assentadas", afirmou a ex-ministra, nesta sexta-feira em Caixas de Sul (RS), segundo a assessoria do PT.

Dilma disse que mesmo assim, os movimentos, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), têm direito de fazer reivindicações.

"Nós encaminhamos a paz no campo. Mas sabemos que os movimentos sociais agem pela sua própria cabeça", afirmou.

Desde o início do movimento "Abril Vermelho" chega a 42 o número de ocupações do MST. A contagem envolve latifúndios, protestos em prédios públicos e marchas em 16 estados.

Segundo o MST, foram ocupados 19 latifúndios em Pernambuco, nove em São Paulo, cinco na Paraíba, três no Sergipe, dois no Ceará e um no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em Minas Gerais, e no Mato Grosso do Sul.

A série de invasões faz parte das mobilizações em torno do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, em 17 de abril, data de aniversário do massacre de Eldorado de Carajás. Os integrantes cobram o cumprimento de promessas antigas do governo federal, como o assentamento de todos os sem-terra ligados ao movimento --90 mil, segundo a entidade.

Na terça-feira (13), a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), principal entidade sindical do campo, anunciou que veiculará na TV uma campanha nacional contra as invasões de terra do MST. Além disso, colocará advogados nos Estados para auxiliar fazendeiros que movem ações contra líderes do movimento.

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