segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Prevenção deve ser foco no combate à Aids na África, diz órgão dos EUA

Um estudo divulgado pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos nesta segunda-feira (29) mostra que o número de pessoas infectadas com o vírus HIV na África Subsaariana deve superar os recursos disponíveis no continente para combater a doença até o final de 2020. Para os pesquisadores norte-americanos, o foco em prevenção seria a melhor estratégia para brecar o avanço da Aids no local. É possível conferir as informações aqui (em inglês).

No ano de 2008, mais de 33 milhões de pessoas no mundo eram ou portadoras do vírus HIV ou já haviam desenvolvido a doença. Do total, 67% estavam na África. Há dois anos, mais de 90% dos 2,7 milhões de novos soropositivos reportados eram daquele continente. Segundo o Instituto, metade dos africanos que precisavam receber terapia com antirretrovirais, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram tratadas.

Reduzir as taxas de infecções novas seria necessário para evitar que o número de africanos com HIV ultrapasse 30 milhões daqui a dez anos. Desses, apenas 7 milhões teriam o tratamento, de 12 milhões que deveriam receber antirretrovirais. Para atingir essa meta, as nações africanas teriam de decidir como realocar recursos para o combate à doença. O órgão norte-americano também defende que os países precisam dividir a responsabilidade pelo controle com os Estados Unidos, tanto em relação aos tratamentos quanto à prevenção.

Por ora, os líderes africanos precisam tentar expandir a capacidade atual de métodos para controle da Aids com uma estratégia de destino de verba "ética", segundo o estudo. Como muitos pacientes que precisam de tratamento foram contaminados há anos, os legisladores não podem fazer muito para reverter o quadro no curto prazo da epidemia.

"Na Uganda e outras nações, nós não temos profissionais de saúde ou drogas suficientes para atender à demanda, com centros médicos cada vez mais recusando pacientes que precisam desses cuidados para sobreviver", afirmou David Serwadda, da Escola Pública de Saúde da Universidade Makerere, em Kampala. "Se nós não agirmos para evitar novas infecções, testemunharemos um crescimento exponencial nas mortes e no número de crianças órfãs na África Subsaariana nas próximas décadas."

Fonte: G1
Thaynara

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