quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Unicamp recebe as olimpíadas de História


Com mais inscritos que a própria Fuvest, o evento reunirá professores e alunos do ensino básico para a prova final

Com público que varia entre moradores de metrópoles como São Paulo até cidadezinhas fronteiriças, a fase final da 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil ocorrerá neste fim de semana na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Única do gênero do país, a competição atrai professores e alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental e dos três anos do Ensino Médio.

Olímpiadas acadêmicas são já tradicionais nas áreas de exatas – a Olímpiada de Matemática, por exemplo, existe há mais de 30 anos. Na área de humanas, no entanto, a Olimpíada de História do Brasil foi uma novidade. Apesar de nova, a competição teve mais de 65 mil inscritos em 2011, superando números da própria Fuvest e que apontam para uma forte demanda dos professores para esse tipo de prova.

Dos inscritos, 1200 foram selecionados para participar da última fase ao longo de 4 testes realizados pela internet desde o dia 15 de agosto. A prova final será no sábado 15 é a única dissertativa e presencial e definirá quem será premiado no domingo 16. Ao contrário de outra provas, a Olímpiada envolve equipes com um professor e três alunos e todas as fases exigem o diálogo entre as partes, o que, segundo Cristina Meneguello, coordenadora do evento, promove também a valorização do professor. Ela conta que, ao serem premiados, a primeira atitude dos alunos é correr para abraçar seus professores.

A inscrição tem um custo de 4 reais para escolas públicas e 8 particulares. O dinheiro ajuda a bancar custos de estrutura que não são mantidos apenas com a verba do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A premiação ocorre no domingo, 16

A Olimpíada, segundo Meneguello, também tem o objetivo de corrigir uma falha no diálogo entre academia e escola. Para a coordenadora, a Universidade se encastelou e não consegue mais transmitir o que estuda. Isso contribui para que o ensino de história se mantenha estático, mesmo com as descobertas das pesquisas acadêmicas. “A academia desaprendeu a falar com o ensino. Fica uma conversa muito longínqua”, diz ela.

Por isso, a organização procura selecionar temas às vezes desconhecidos pelo público escolar, ou trazer novas abordagens e documentos dos assuntos mais batidos. “A intenção é dar uma agitada na história parada dos livros didáticos”, comenta.

Por Clara Roman. Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/unicamp-recebe-as-olimpiadas-de-historia
Postado por Érica
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