sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Brasil foi única economia dos Brics a avançar em ranking de competividade, diz pesquisa.


Trabalhador em fábrica da Renault, em São José dos Pinhais (SP)

Brasil voltou a subir cinco posições no ranking e ultrapassou África do Sul entre os Brics

O Brasil foi a única economia do chamado bloco dos Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que cresceu no Relatório de Competitividade Global 2012-2013, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.

O país teve um aumento de cinco posições em relação ao ano anterior, passando para a 48ª colocação e ultrapassou a África do Sul, assumindo a segunda posição entre os Brics. Em 2011, o Brasil também já havia subido no ranking na mesma proporção em relação a 2010, passando da 58ª para a 53ª colocação.

Apesar de ter caído três posições na classificação geral, a China, que ocupa a 29ª colocação, ainda lidera o grupo. Os demais países do grupo também registraram quedas em relação ao ano passado.

A Índia caiu três posições passando para 59ª colocação, a África do Sul passou da 50ª para a 52ª colocação e a Rússia desceu uma posição no ranking, passando para o 67º lugar.

O ranking de competitividade é elaborado a partir de pesquisas de opiniões e percepções com 14 mil empresários em 144 países no mundo.

Brasil

O relatório de Competitividade Global destaca que o Brasil aparece agora entre as 50 economias mais competitivas do ranking, e que a melhora de posição acontece "apesar do índice de inflação de quase 7%".

O estudo afirma que o Brasil melhorou nas suas condições macroeconômicas e tira proveito de ter o sétimo maior mercado interno do mundo.

O país também é elogiado por seu uso cada vez maior de tecnologias da informação e comunicação e no acesso a financiamentos para projetos de investimentos.

No entanto, o Brasil ocupa posições baixas na avaliação de empresários sobre eficiência do governo e confiança em políticos.

"Apesar destes pontos fortes, o país também enfrenta desafios importantes. A confiança em políticos é baixa (121º no ranking específico para o tema), assim como a eficiência do governo (111º), por causa de excesso de regulação governamental (144º) e desperdício em gastos (135º)."

"A qualidade da infraestrutura de transportes continua como um desafio de longo prazo que não foi abordado, e a qualidade da educação não condiz com a necessidade cada vez maior de força de trabalho qualificada."

Os esforços do Brasil para incentivar micro e pequenas empresas são reconhecidos, mas o país ainda é visto como um dos mais difíceis para novos empreendedores, com percepção de que os impostos são altos demais e provocam distorções na economia.

Ranking da competitividade 2012-2013

1. Suíça (1º no ranking anterior)

2. Cingapura (2)

3. Finlândia (4)

4. Suécia (3)

5. Holanda (7)

6. Alemanha (6)

7. EUA (5)

8. Grã-Bretanha (10)

9. Hong Kong (11)

10. Japão (9)

29. China (26)

48. Brasil (53)

52. África do Sul (50)

59. Índia (56)

67. Rússia (66)

O relatório diz que algumas percepções dos empresários não refletem necessariamente a realidade brasileira.

Sobre competitividade sustentável, "o desempenho geral relativamente bom do Brasil mascara uma série de preocupações ambientais, como desmatamento da Amazônia, com o país registrando um dos maiores índices de desmatamento do mundo. E apesar de o Brasil demonstrar um desempenho geral razoável na área de sustentabilidade social, a desigualdade enorme do país segue preocupante".

América Latina

Na América Latina, o Chile, em 33º lugar, manteve a sua liderança mesmo tendo caído duas posições e vários países latino-americanos registram avanços, como o Panamá, que foi do 49º lugar para o 40º, o México, que foi do 58º para o 53º e o Peru, que passou da 67ª para a 61ª colocação.

Nas primeiras posições da tabela, pelo quarto ano consecutivo, a Suíça ocupou o primeiro lugar. E Cingapura permaneceu na segunda colocação. A Finlândia ultrapassou a Suécia, passando a ocupar o terceiro lugar.

O top ten do ranking traz ainda, por ordem, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Hong Kong e Japão.

Ainda que tenha aumentado sua posição geral, os Estados Unidos seguem em queda, pelo quarto ano consecutivo, tendo perdido duas posições.

Sobre os Estados Unidos, o relatório cita o aumento das vulnerabilidades macroeconômicas e aspectos do ambiente institucional do país como fatores de preocupação na classe empresarial, particularmente a pouca confiança pública nos políticos e uma perceptível falta de eficiência do governo.

Mas o estudo indica ainda que o país permanece sendo uma potência global em termos de inovação e que seus mercados funcionam de forma eficaz.

Postado por : Clebiana

Fonte :http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/09/120905_brasil_economias_bg.shtml

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