segunda-feira, 8 de outubro de 2012

FMI reduz previsão de crescimento do Brasil em 2012 para 1,5%


Projeção é a menor entre países do Bric e 2ª menor da América do Sul.
Zona do euro deve ter recessão; dado dos EUA aponta melhora.



PROJEÇÕES PARA O PIB (EM %)
País/Região 2012 2013
Brasil 1,5 4,0
Rússia 3,7 3,8
Índia 4,9 6,0
China 7,8 8,2
Estados Unidos 2,2 2,1
Japão 2,2 1,2
Zona do euro -0,4 0,2
Alemanha 0,9 0,9
França 0,1 0,4
Itália -2,3 -0,7
Espanha -1,5 -1,3
Reino Unido -0,4 1,1
América do Sul 2,9 4,0
Argentina 2,6 3,1
Colômbia 4,3 4,4
Venezuela 5,7 3,3
Chile 5,0 4,4
Uruguai 3,5 4,0
Paraguai -1,5 11
Fonte: World Economic Outlook – FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu para 1,5% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2012. Em julho, o fundo projetava uma expansão de 2,5%. A perspectiva é a menor entre os países do Bric: o FMI projeta alta de 3,7% no Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia, 4,9% para Índia e 7,8% para China este ano.
Segundo o FMI, a aceleração do PIB brasileiro ficou abaixo do esperado como resultado da piora no cenário externo e da demora na “transmissão” da redução da Selic ao mercado por conta do aumento da inadimplência após vários anos de rápida expansão no crédito, segundo o estudo “Global Economic Outlook”, divulgado nesta segunda-feira (8)
Entre os países da América do Sul, o dado brasileiro só supera o do Paraguai, cuja economia deve sofrer contração de 1,5%. O Fundo alerta, no entanto, que a alta projetada de 2,6% no PIB da Argentina é baseado em dados oficiais do país – que teve a qualidade de seus indicadores questionada.
Para 2013, o FMI projeta um crescimento de 4% na economia brasileira, abaixo dos 4,7% no relatório divulgado em julho. O fundo também apontou que o desemprego no país deve encerrar 2012 em 6%, elevando-se para 6,5% no ano seguinte.
“O ‘boom’ do consumo no Brasil tem sido um importante componente do forte desempenho do crescimento, e a poupança interna e os investimentos se mantêm relativamente baixos”, diz o Fundo. “Gargalos na infraestrutura atrapalham o crescimento. Ações recentes de concessões à iniciativa privada para desenvolvimento de infraestrutura crítica de rodovias e ferrovias são bem vindas, mas também é necessário mais investimento público”, diz o fundo no estudo.
Crescimento global
O FMI também reduziu, de 3,5% para 3,3%, a previsão crescimento para a economia global em 2012. Para 2013, a expectativa também ficou menor, recuando de 3,9% para 3,6%.
“A recuperação (econômica) sofreu novos abalos, e a incerteza pesa fortemente nas perspectivas. Um fator chave é que as políticas nas grandes economias avançadas não recuperaram a confiança no médio prazo”, aponta o FMI. “O desemprego deve permanecer elevado em muitas partes do mundo. E as condições financeiras permanecerão frágeis”.


POr: Cinara Viana
Posted on by Residência do Estudante de Guanambi | No comments

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