A
Presidente da República Dilma Rousseff inaugurou na manhã desta
sexta-feira (09), no Distrito do Julião, município de Malhada, no
sudoeste baiano, a Adutora do Algodão. A solenidade atraiu um grande
número de pessoas de toda a região, prefeitos, deputados federais,
estaduais e outras lideranças políticas. Usaram da palavra o prefeito de
Malhada, Valdemar Lacerda, de Guanambi, Charles Fernandes, o presidente
da Codevasf, Elmo Vaz, o Ministro da Integração Regional, Fernando
Bezerra Coelho, o Governador da Bahia, Jaques Wagner e a presidente
Dilma Rousseff.
Ao
inaugurar a Adutora do Algodão na região de Guanambi, a presidenta
Dilma Rousseff disse que a meta do governo é garantir o abastecimento
de água às regiões que sofrem com o período de seca. Segundo ela, é
fundamental garantir água para as refeições e a higiene das pessoas.
Dilma ressaltou que é impossível controlar a chuva e a seca, mas é
possível assegurar instrumentos que melhorem a vida da população nos
períodos de estiagem.
"Chegou
a hora de resolver o problema da água de uma forma a garantir que as
mulheres, os homens e as crianças possam tomar café e tomar um banho",
ressaltou a presidenta, em cerimônia em Malhada, na Bahia, ao lado do
governador da Bahia, Jaques Wagner, de ministros, de parlamentares e de
prefeitos de municípios da região. "É uma coisa horrível não poder dar
uma água limpa para um filho ou filha", destacou ela
A
afirmação da presidenta ocorreu depois de ela ouvir de Maria Mendes do
Pindaí, representante dos movimentos sociais, as dificuldades
enfrentadas pelas mães de família que não conseguem preparar o café da
manhã por falta de água. "A primeira coisa que a gente precisa é ter
água, porque sem água não tem café", disse a líder sendo abraçada pela
presidenta que elogiou seu discurso.
Em
seguida, Dilma acrescentou que o objetivo do governo é que a seca passe
e ninguém sofra com as consequências dela. "Queremos que a seca nunca
afete a vida das pessoas. Vamos usar o que há de melhor no mundo para
garantir que a seca que não seja uma volta atrás. Queremos que as
adutoras, as cisternas e a irrigação sejam a realidade e que cada vez
menos necessitemos de carros-pipa", ressaltou. A presidenta acrescentou
que o Exército administra a distribuição de água em várias regiões do
país, por meio de 4,2 mil carros-pipa.
Segundo
ela, o objetivo é chegar a 5 mil carros-pipa. Dilma destacou que a
inauguração da Adutora do Algodão é "uma obra simbólica". A adutora
inaugurada hoje tem cerca de 200 quilômetros de extensão e deve
beneficiar mais de 300 mil habitantes. "Com obras assim vamos resolver e
derrotar a seca", disse. "Sabemos que não controlamos o clima, o dia
que chove e outro que não, mas podemos garantir que a gente tenha
instrumentos para quando não chover."
O
ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, ressaltou que nos
primeiros dois anos do governo foram investidos mais de R$ 4 bilhões em
obras na tentativa de amenizar os efeitos da seca em várias áreas do
Nordeste. Segundo ele, há ainda mais R$ 14 bilhões previstos em
investimentos na região. "[Queremos garantir] água boa de qualidade
chegar a todos os que moram na região", destacou ele.
A
presidenta reiterou que no próximo dia 13 será lançado o Programa de
Irrigação, que se destina a apoiar o produtor que teve prejuízos devido à
falta de irrigação. Dilma lembrou que foi criado também o Programa
Garantia Safra, que paga cinco parcelas de R$ 80 aos produtores
beneficiados. Segundo ela, o governo prorrogou por mais dois meses,
assegurando um repasse total de R$ 560. "Isso vai ajudar a enfrentar a
seca", disse.
Fonte: Farol da cidade
Por: Cinara Viana
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