Segundo tenente, entrada de suspeito não foi autorizada. 26 pessoas, entre elas 20 crianças, foram mortas; atirador também morreu.
O atirador que matou 26 pessoas na escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, nos Estados Unidos,
forçou sua entrada no estabelecimento antes de cometer o massacre,
segundo informações da polícia local. De acordo com o tenente Paul
Vance, o autor do ataque não foi autorizado a entrar na escola pelos
funcionários, e invadiu o local. Não foram divulgados mais detalhes
sobre como ele conseguiu entrar.
Entre os mortos, estão 20 crianças. Os outros seis são adultos. Uma
outra pessoa foi encontrada morta na casa onde vivia o suspeito –
segundo a polícia, o corpo encontrado foi o de uma mulher, parente do
suspeito.
A imprensa americana relatou que a vítima seria a mãe do atirador. O
suspeito também foi indentificado pelas TVs locais, citando fontes
policiais, como Adam Lanza, de 20 anos.
Apenas um dos baleados na escola sobreviveu – uma mulher, que de acordo
com o tenente Vance passa bem e será essencial para as investigações.
Os moradores de Newtown buscavam neste sábado (15) respostas para o
massacre. Por enquanto, ainda não se sabe o que levou o atirador a
entrar na escola armado e atirar em alunos e professores.
Vance, porta-voz da polícia local, já havia dito pela manhã que a
identificação dos corpos foi concluída, assim como a notificação das
famílias. Os corpos foram retirados durante a madrugada. Ele informou
que a divulgação das identidades das vítimas, assim como a confirmação
do nome do atirador, será feita ainda neste sábado, depois que os
médicos legistas terminarem seu trabalho.
Segundo ele, a perícia no local do crime deve seguir por mais alguns
dias – ainda é necessário finalizar a perícia dentro de escola, além de
processar o lado de fora.
Em uma entrevista coletiva, Vance também informou que os policiais
conseguiram recolher evidências importantes que permitirão à polícia
reconstruir o crime e elucidar como e por que o massacre ocorreu.
"Encontramos evidências muito boas nesta investigação, que os nossos
investigadores poderão usar em, espero, definir o quadro completo sobre
como, e mais importante por que, isto ocorreu", afirmou.
O massacre só não foi maior porque muitos professores conseguiram
salvar vidas fechando as portas das salas de aula ao ouvirem os
disparos. Um deles salvou vidas trancando os alunos em um armário.
Na noite de sexta, a população da pequena cidade se reuniu nas igrejas
locais para rezar pelos mortos. De acordo com a rede de televisão CNN, a
cidade de Newtown registrou apenas um assassinato nos últimos 10 anos.
Balões brancos decoram placa que indica direção da escola Sandy Hook, na manhã deste sábado (Foto: AP)
Horas depois do massacre, centenas de pessoas se reuniram para uma
vigília na igreja de Newtown, que ficou lotada. Muitas pessoas
acompanharam o ato do lado de fora do templo.
"É uma comunidade que realmente se une quando acontecem coisas como
esta", disse o pároco Robert Weiss durante a missa. Durante a vigília,
foi lida uma carta do Papa Bento XVI.
"Peço ao nosso Deus pai que console aqueles que choram a perda de um
ser querido e que apoie toda a comunidade com a força espiritual que se
impõe à violência através do perdão, da esperança e do amor
reconciliador", escreveu o Papa.
Suspeito
Fontes policiais identificaram o atirador
como Adam Lanza, de 20 anos, segundo a imprensa americana. Antes ele
havia sido identificado como Ryan Lanza, de 24 anos. Adam teria usado os
documentos de Ryan durante a ação.
Ryan, entretanto, seria irmão de Adam, estaria vivo e teria prestado
depoimento em Nova Jersey. Segundo informações de TVs locais, Ryan foi
investigado até a noite e estaria colaborando com a polícia. Ele não
teria ligação com o crime. Ryan teria dito à polícia que seu irmão tinha
algum tipo de problema de personalidade, que seria uma forma de
autismo, segundo a rede de TV Fox News.
De acordo com a imprensa local, Adam teria se formado em 2010 na
Newtown High School. Antigos colegas o descreveram como um um jovem
inteligente, mas inquieto e com poucos amigos.
As informações, entretanto, ainda não foram confirmadas pelas autoridades.
A chamada de emergência para a ocorrência ocorreu às 9h41 locais, segundo a polícia local.
Durante o ataque, o atirador levava quatro armas e um colete à prova de
balas, segundo a polícia. De acordo com fontes policiais citadas pela
emissora, NBC, as armas utilizadas pelo atirador pertenciam a sua mãe.
Duas mulheres acendem velas em forma de homenagem às vítimas mortas nesta sexta-feira (Foto: Joshua Lott/Reuters)
Testemunhas disseram que ele estava mascarado. Ainda não se sabe quem teria disparado o tiro que o matou. Segundo o
"New York Times", ele se matou antes da chegada da polícia.
Crianças entre 5 e 10 anos
O ataque é um dos mais graves ocorridos em escolas nos Estados Unidos. O
número de vítimas é o segundo maior em ataques do gênero, só ficando
atrás do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32
mortos.
O tiroteio desta sexta ocorreu na escola Sandy Hook, que tem cerca de
600 alunos com idades variando entre 5 e 10 anos, incluindo vários
filhos de brasileiros, segundo o "Jornal Nacional".
O Itamaray informou que não há brasileiros entre os mortos. O consulado
do Brasil em Connecticut revelou que fez contatos com várias famílias e
que não há informação sobre vítimas brasileiras.
Newtown é uma cidade de cerca de 27.500 habitantes, subúrbio da capital
estadual, Hartford, e situada 128 quilômetros a nordeste de Nova York.
Foto
de jornal local mostra crianças sendo retiradas da escola em Newtown,
Connecticuc, em que ocorreu o tiroteio nesta sexta-feira (14) (Foto: AP)
FONTE: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/12/atirador-forcou-entrada-em-escola-onde-ocorreu-massacre-diz-policia.html
Postado por: Érika Matos