O Ministério da Educação divulgou no final da tarde desta sexta-feira (12) os gabaritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no último fim de semana. A liberação ocorre depois que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região derrubou a liminar que suspendeu o exame e a divulgação do resultado das provas.
Veja aqui os gabaritos dos dois dias de prova
Além dos problemas com a inversão do cabeçalho da folha de respostas do primeiro dia de prova e do problema com os cadernos amarelos, outras falhas foram apontadas. Veja alguns exemplos relatados por professores de cursinhos logo após a prova:
O professor de geografia do Anglo, Reinaldo Scalzaretto, vê erro no enunciado da questão 1 do exame (prova azul), que fala sobre concentração de terras no Brasil. Segundo o professor, no lugar de dizer que o gráfico representa a "totalidade dos imóveis rurais no Brasil", o enunciado deveria dizer que representa as "áreas ocupadas pelos imóveis". "Está errado. Não há resposta correta", disse.
Marcelo Dias Carvalho, coordenador de matemática do Etapa, disse que a questão 156 (prova amarela) e 147 (prova azul) admite uma interpretação dupla. Segundo Carvalho, se o aluno interpretar que houve engarrafamento nos dois trajetos, chega à resposta da alternativa B. Se interpretar que o engarrafamento ocorria no primeiro trecho, ou no segundo, ou nos dois, pode apontar a alternativa D como correta. “Para mim, o ideal é que as duas respostas sejam aceitas.”
Segundo o coordenador de física do cursinho Etapa, Marcelo Monte Forte da Fonseca, a questão 54 (prova azul), que fala sobre Júpiter tem problemas. “Fizeram a pergunta em cima de uma coisa que não tem resposta. É uma brincadeira boba”, disse. De acordo com o professor, a notícia usada como fonte afirma que ainda se busca uma explicação para o fenômeno citado na questão, que é o desaparecimento de uma das faixas do planeta.
O professor de história do Brasil do Anglo, José Carlos Moura, cita ainda uma questão sobre a Guerra de Canudos, de número 21 (prova azul). Há duas respostas possíveis, segundo o professor. A alternativa A e a D. Na resolução comentada do cursinho, o professor diz: “A questão é problemática, há duas possibilidades de resposta. A alternativa A elenca conjuntos de objetos e motivos para justificar o interesse do Iphan pela região. Contudo a alternativa D também aponta razões para o reconhecimento das ruínas pelo Instituto, pois elas constituiriam documentos das 'práticas e representações de uma sociedade', afirma a resolução comentada do cursinho."
Fonte: G1
Postado por: Talita
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