sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Greve da Polícia Civil traz transtornos à população da Bahia


A Polícia Civil da Bahia decretou greve na manhã de segunda-feira, oito de dezembro, os únicos serviços que continuaram normalmente executados foram o lavramento de flagrante e o levantamento cadavérico. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC), a adesão é de 100%.
A paralisação começou com uma manifestação em frente ao complexo de delegacias dos Barris. A categoria se queixa de que o governo não enviou a Lei Orgânica para votação na Assembléia Legislativa. Esta é a principal reivindicação dos policiais, segundo o secretário geral do SINDPPOC, Bernardino Gayoso, e o presidente do órgão, Carlos Lima. De acordo com Lima, o governo havia se comprometido a enviar o projeto para a Câmara, já referendado, até o dia 28 de novembro, o que não se cumpriu.

Transtornos

Na capital e no interior, a população já sente os efeitos da greve dos policiais civis. Em Vitória da Conquista, no sudoeste do estado, o corpo de José Rosa Oliveira, 26 anos, demorou mais de 10 horas para ter o levantamento cadavérico realizado. Na cidade, cerca de 80 policiais aderiram à greve.

Em Barreiras, a 852 km de Salvador, ninguém trabalhou na manhã de segunda-feira. Nenhum tipo de atendimento ao público está sendo realizado na cidade,de acordo com informações da TV Oeste.

Já em Itabuna, a 415 km de Salvador, cerca de 120 policiais estão parados – todas as delegacias da cidade aderiram à greve. Apenas os serviços essenciais continuam sendo realizados – a previsão é de que cerca de 30% do efetivo continue trabalhando para cumprir com estes serviços. A Lei Orgânica determina uma nova estruturação para a Polícia Civil, priorizando treinamento e qualificação dos policiais, além da melhoria dos equipamentos de trabalho.

Com a greve, que é por tempo indeterminado,as visitas aos detentos está suspensa, assim como o banho de sol dos presos.

Policiais Civis discutem nesta tarde de sexta feira o destino da greve

Uma assembléia dos policiais civis deve definir os rumos da paralisação da categoria. A reunião acontece por volta das 15h, na Associação dos Funcionários Públicos, na Avenida Carlos Gomes, no Centro.
De acordo com informações do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpoc), objetivo é avaliar as ações do governo do estado e decidir se o movimento continua.

Redação CORREIO Foto: Paulo M. Azevedo
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