terça-feira, 16 de novembro de 2010

Novo governo deve continuar políticasde Lula para a educação

A educação esteve em alta durante a campanha eleitoral. Principalmente nos debates, o tema aparecia com força nas discussões entre os candidatos. Ampliação de creches, ensino técnico e universidades foram algumas das principais propostas. Sempre ancorada nas políticas e nos feitos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) focou suas promessas no aumento de investimentos na área e na ampliação de projetos.
Dilma terá R$ 9 bi a mais para educação
O governo Lula conseguiu aprovar o fim da DRU (Desvinculação das Receitas da União), permitindo o desbloqueio de verbas destinadas à educação, o que deve injetar cerca de R$ 9 bilhões a mais na área. A mesma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acabou com a DRU também estendeu o ensino obrigatório para brasileiros entre 4 e 17 anos. Antes, a faixa era dos 7 aos 14 anos. Estados e municípios vão ter até 2016 para cumprir essa determinação.
No conjunto de propostas entregue ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a campanha de Dilma mencionou as principais conquistas de Lula, como a criação do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério) em 2006, que, segundo o MEC (Ministério da Educação), aumentou em dez vezes o volume dos recursos federais para a educação.
Durante a campanha, Dilma chegou a defender uma ampliação da porcentagem do PIB a ser investida na área, passando dos atuais 5% para 7%.
Sobre ampliação da educação infantil, Dilma prometeu criar 6.000 creches e pré-escolas no país. Em relação ao ensino técnico e superior, ela priorizou a expansão de universidades públicas, a interiorização dos campi pelo país, a construção de uma escola técnica nos municípios com mais de 50 mil habitantes e a ampliação do ProUni (Programa Universidade para Todos), uma das principais bandeiras de Lula no ensino superior. Segundo o MEC, o ProUni já atendeu, desde sua criação até o processo seletivo do segundo semestre de 2010, 747 mil estudantes, sendo 70% com bolsas integrais em faculdades particulares.
Uma das metas mais ambiciosas do programa de Dilma é a erradicação do analfabetismo, mas ela não detalhou, durante a eleição, como fará isso. Hoje o país tem 14 milhões de analfabetos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A educação de qualidade também foi colocada como prioridade.
Outra promessa de Dilma diz respeito à implantação Sistema Nacional Articulado de Educação, para maior parceria entre os sistemas federal, estadual e municipal de educação. A proposta já foi defendida por educadores na Conae (Confederação Nacional de Educação), realizada este ano.
Dilma chegou a falar sobre inclusão digital das escolas, mas não citou prazos para isso. Também propôs valorizar os professores e aumentar os salários, sem mencionar números. O governo federal aprovou a criação do piso nacional para professores, que hoje está em R$ 1.024, mas ainda há Estados que não pagam o valor.
Por: Ben
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