sábado, 16 de abril de 2011

Raúl Castro propõe limitar em 10 anos mandatos de cargos políticos


O presidente de Cuba, Raúl Castro, sugeriu neste sábado (16/04) limitar os mandatos dos cargos políticos e estatais "fundamentais" do país a um máximo de 10 anos consecutivos e pediu para começarem a trabalhar no rejuvenescimento dos postos administrativos e partidários do país.

"Chegamos à conclusão que é recomendável limitar a um máximo de dois períodos consecutivos de cinco anos o desempenho dos cargos políticos e estatais fundamentais", afirmou o governante no discurso de abertura do VI Congresso do governante Partido Comunista.

Raúl propôs também que as orientações do evento sejam cumpridas em sua totalidade. O congresso aprovará uma ambiciosa reforma econômica para o país e elegerá sua maior liderança política.
"A atualização do modelo econômico está cheia de complexidades e abrange toda a sociedade cubana. O que for aprovado no Congresso não poderá ser esquecido ou descumprido", disse Raúl em seu discurso, transmitido em cadeia nacional. Ele fez referência aos acordos definidos em outros encontros do partido, "quase todos esquecidos, sem terem sido colocados em prática."

Raúl Castro, de 79 anos, preside o Congresso, no qual participam mil delegados e aberto no Palácio das Convenções após um desfile militar popular no qual participaram mais de meio milhão de pessoas na emblemática Praça da Revolução de Havana, para comemorar os 50 anos do socialismo cubano.

O plano de reformas econômicas, inicialmente de 291 medidas, aumentou para 311 após um intenso debate popular de três meses. "O povo manifestou livremente sua opiniões, esclareceu dúvidas, propôs modificações, expressou insatisfações e discrepâncias e também sugeriu abordar a solução de outros problemas que não estavam no documento", afirmou o líder cubano.
Desfile

Antes da abertura do congresso, Raúl presidiu uma grande parada cívico-militar para marcar os 50 anos da frustrada invasão da Baía dos Porcos por dissidentes financiados pela CIA.

O desfile saudou, em ausência, o "Comandante-em-chefe da Revolução", Fidel Castro, de 84 anos, afastado do governo desde que ficou doente em julho de 2006 e cedeu o comando a seu irmão, Raúl, cinco anos mais novo.

Usando seu uniforme de general e um chapéu de camponês, Raúl, acompanhado por figuras de proa do PCC e do governo, liderou o ato na Praça da Revolução, o qual participaram os mil delegados do congresso e milhares de operários, combatentes veteranos, crianças e jovens.

Fonte: www.uol.com.br

Postador Por: Maikon Guimarães
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