quinta-feira, 19 de maio de 2011

Carga de urânio: impasse deve continuar

Chega ao quarto dia o impasse sobre o destino da carga nuclear que seria encaminhada para a mina das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) em Caetité (757 km de Salvador) no último domingo, 15. Uma reunião, que está em andamento nesta quinta-feira, 19, deve resultar em uma solução para a negociacao até o fim do dia.


Desde domingo, este já é o quinto encontro entre os representantes da estatal, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), da Prefeitura, da Câmara de Vereadores, do Ministério Público Estadual, das igrejas Católica e Evangélicas, do Sindicato dos Mineradores e a comunidade.



De acordo com o presidente da INB, Alfredo Tranjan, que está no município, o destino da carga deve ser definido ainda nesta quinta. Ele afirmou que não há a possibilidade de a carga retornar a São Paulo. A proposta da estatal é que o material retorne a Caetité para ser reembalado e em 20 dias seguir viagem com destino à França. Na Europa, o material sera enriquecido e posteriormente voltará ao Brasil, para a alimentação das usinas Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro.





Alfredo Tranjan alertou ainda que o material está em local inadequado e que o impasse precisa ser resolvido com urgência. Caso não haja um acordo, a INB alertou que entrará com pedido na Advocacia Geral da União (AGU), para liberar o transporte do material por meio de um mandado de segurança.

Manifestação - A presença das 90 toneladas de concentrado de urânio tem causado preocupação à população da região, que na manhã desta quinta-feira, 19, realizou mais uma manifestação no município de Guanambi (40km de Caetité), em frente ao 17º batalhão da Polícia Militar (BPM), onde as carretas com os contêineres estão retidas. O protesto foi formado em sua maioria por estudantes, ambientalistas e representantes de Ongs locais.


Logo após o início das manifestações, técnicos da INB e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foram para Caetité comprovar a idoneidade do material.


Diante das declarações, uma equipe foi a Guanambi, no final da tarde de terça para vistoriar o material. O elaboração de um relatório, que havia sido sugerido, foi descartada, já que a CNEN apresentou uma documentação comprovando a identidade do material.



Fonte: Atarde Oline

Postado por: Fernanda Fiuza

Posted on by Residência do Estudante de Guanambi | No comments

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